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Internacional

- Publicada em 25 de Setembro de 2020 às 15:53

Donos de bares e restaurantes de Marselha protestam contra novo fechamento para conter Covid-19

Comerciantes protestaram em Marselha contra novas regras que atingem diretamente bares e restaurantes

Comerciantes protestaram em Marselha contra novas regras que atingem diretamente bares e restaurantes


NICOLAS TUCAT/AFP/JC
Centenas de pessoas protestaram nesta sexta-feira (25) em Marselha, na França, contra a reimposição de medidas para tentar conter o aumento de novos casos de Covid-19. As regras atingem diretamente bares e restaurantes na região da segunda maior cidade do país. A ordem obriga que esses estabelecimentos permaneçam fechados por duas semanas, a partir deste sábado (26), mas alguns proprietários afirmam que irão desafiar a determinação.
Centenas de pessoas protestaram nesta sexta-feira (25) em Marselha, na França, contra a reimposição de medidas para tentar conter o aumento de novos casos de Covid-19. As regras atingem diretamente bares e restaurantes na região da segunda maior cidade do país. A ordem obriga que esses estabelecimentos permaneçam fechados por duas semanas, a partir deste sábado (26), mas alguns proprietários afirmam que irão desafiar a determinação.
"Devemos ficar abertos. Eles não serão capazes de fechar todos", disse Jean-Pierre Cotens, proprietário de um bar, à agência de notícias Reuters, durante a manifestação. "Se tiver uma multa, aceitaremos, mas estaremos (em uma situação) melhor trabalhando do que fechados."
Bernard Marty, dono de um restaurante, disse que empresários como ele estão "completamente desesperados". "Eles não penalizam apenas os proprietários. É todo um setor mergulhado em crise: fornecedores, produtores de eventos, boates. Eles esperam que morramos em silêncio?"
A decisão do governo foi anunciada nesta semana, após tanto a cidade ao sul da França quanto seu entorno no Mediterrâneo se tornarem o epicentro de um repique no número de novos casos no país. Por isso, a região teve sua classificação elevada para o nível máximo de alerta para a disseminação do vírus.
Representantes locais afirmam que as medidas atualmente em vigor, menos restritivas - como a limitação de horários e a proibição de festas universitárias -, estão funcionando e que a decisão do governo é prematura, podendo devastar a economia local. Uma carta assinada por 50 deputados estaduais, tanto de esquerda quanto de direita, afirma que a decisão "é um erro estratégico fundamental" e que vai "agravar a economia" sem resolver a crise sanitária.
A ministra do Trabalho, Elisabeth Borne, afirmou, contudo, que o governo vai agir para cobrir os custos fixos de bares e de restaurantes durante a quarentena e que medidas contra o desemprego vão garantir que os funcionários recebam seus salários integralmente.
Em visita a uma UTI de um hospital na cidade, o ministro da Saúde, Olivier Veran, esclareceu que as medidas não são "sobre apontar dedos para Marselha". "Temos que frear a disseminação do vírus. Quanto antes agirmos, menor será a duração da ação." Durante a visita, médicos disseram a Veran que as próximas três semanas serão críticas e que as UTIs dos hospitais públicos da cidade estão quase lotadas.
A França é o segundo país com o maior número de casos de coronavírus na Europa, atrás apenas da Espanha, e bateu nesta quinta-feira (24) o recorde de novos casos diários, com 16.096 infectados. Até o momento foram 536.289 casos confirmados e 31.524 mortos, segundo dados compilados pela universidade norte-americana Johns Hopkins.
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