Manifestações antigoverno e antiquarentena ocorreram neste domingo (13), em distintas cidades da Argentina, segundo informações da agência Folhapress. Na capital, Buenos Aires, houve dois protestos, um maior, ao redor do Obelisco, na avenida 9 de Julio, a principal da cidade, e outra, menor, diante da residência oficial de Olivos, onde vive o presidente Alberto Fernández.
Conhecida como #Marcha13STodosaLasCalles (todos às ruas) e convocada por meio desta hashtag pelas redes sociais, a manifestação ocorreu também em Córdoba, Rosário, Mendoza, Tucumán e Bariloche (convocada por empresários e trabalhadores do turismo, sem trabalho desde março) e em outras regiões. Os principais gritos de guerra foram "todos pela República", "Todos pela liberdade", "Fora, Cristina".
Desde março, foram perdidos mais de 280 mil empregos, devido a fechamentos de negócios e falências de empresas. Os manifestantes também se opõem à reforma da Justiça enviada pelo Executivo ao Congresso, já aprovada pelo Senado e que está sendo debatida na câmara de Deputados. A lei aumentaria o número de tribunais e funcionários em distintos lugares do país, com a justificativa de tornar os processos mais rápidos.
Houve concentração de manifestantes, neste domingo, também diante do apartamento em que Cristina vive quando está em Buenos Aires, no bairro da Recoleta. Iniciado às 16h, o ato reuniu pessoas que caminhavam, abraçadas a bandeiras argentinas, ou que permaneciam em filas de carros, que buzinavam pelas principais avenidas.
Os manifestantes se animaram também com a carta pública divulgada neste domingo pelo ex-presidente Mauricio Macri, que acusou o atual governo de estar "atacando de modo sistemático e permanente a nossa Constituição". Macri se refere ao fato de Fernández estar fazendo uso de decretos para restringir mobilidade e implementar políticas sanitárias.
"Queremos ser livres" era outro dos gritos de guerra que se ouviam nas ruas. Depois da carta de Macri, seus apoiadores lançaram posts nas redes sociais instando a população a ir às ruas, "em defesa da Constituição".
Por fim, houve cartazes contra a liberação para prisão domiciliar, na última semana, de Lázaro Báez, o empresário vinculado a Cristina Kirchner, que vinha sendo processado por lavagem de dinheiro. "Lázaro livre, e nós presos na quarentena", eram alguns dos cartazes populares no ato.