Atualizada às 14h24min
O incêndio irrompeu na zona franca do porto, erguendo uma enorme coluna de fumaça sobre a cidade. Uma outra fonte anônima disse à agência EFE que existem dois focos de incêndio, separados um do outro. Ainda não se sabe o que deu início ao fogo, mas, ainda segundo essa fonte, "não aconteceu por causas naturais".
Em entrevista ao jornal britânico The Independent, Michel el-Murr, chefe da equipe de busca e resgate do Corpo de Bombeiros libanês, informou que as autoridades já pediram reforços. "Não sabemos exatamente o que está queimando. Estamos tentando apagar o fogo, mas é muito grande", disse.
Imagens veiculadas na imprensa local mostraram bombeiros tentando apagar as chamas no porto, onde armazéns e silos de concreto que guardam grãos foram destruídos pela explosão de 4 de agosto.
Além dos mortos e feridos, a explosão causou danos na casa dos US$ 15 bilhões. O porto de Beirute era o principal do país e a porta de entrada de cerca de 70% dos alimentos que chegavam ao Líbano.
Após a explosão, sucessivos protestos levaram à renúncia de integrantes do governo e do primeiro-ministro Hassan Diab, alem da dissolução de seu gabinete. Em pronunciamento à televisão, Diab afirmou que as explosões no porto de Beirute foram o resultado de uma "corrupção endêmica" e disse que toma a decisão de renunciar para "caminhar com o povo".
"Nossa esperança era a mudança que os libaneses estão pedindo. Mas entre nós e as mudanças há um muro muito grande protegido por uma classe que luta com meios não muito corretos e domina a sociedade desse país. O sucesso desse gabinete era a mudança. Por isso anuncio a demissão de todo o gabinete. Que Deus abençoe o Líbano", disse.
Durante todo o discurso, Diab alegou que foi acusado de corrupção por um grupo de pessoas, mas sem identificar quem seriam. Anteriormente, ele já havia manifestado apoio à realização de uma nova eleição para o parlamento.