O governo da Venezuela informou, nesta segunda-feira (31), que perdoou mais de 100 políticos da oposição, incluindo 20 legisladores que foram em sua maioria acusados de conspirar contra o presidente Nicolás Maduro. No total, 110 pessoas foram perdoadas. A lista conta com políticos, jornalistas, ativistas, entre outros.
Os nomes listados no perdão não incluem líderes proeminentes da oposição, como
Leopoldo López, que permanece na residência de um embaixador estrangeiro em Caracas, ou Júlio Borges, um legislador da oposição que está na vizinha Colômbia.
O ministro da Informação, Jorge Rodriguez, explicou em entrevista coletiva que os perdões foram concedidos no âmbito dos acordos entre o governo e a oposição, antes das eleições para a Assembleia Nacional (AN, Parlamento) que se realizarão no dia 6 de dezembro.
Entre os perdoados estão o legislador Freddy Guevara, que pediu asilo na residência do embaixador chileno, Roberto Marrero, que havia servido como chefe de Gabinete do líder da oposição e chefe do Congresso,
Juan Guaidó.
Os indultos foram concedidos por decreto assinado por Maduro com o "compromisso supremo" de alcançar a "paz e a reconciliação" e entrará em vigor na data de publicação no Diário Oficial da Venezuela.
No passado, o governo de Maduro libertou pequenos grupos de líderes da oposição presos, mas essas libertações normalmente foram seguidas por mais prisões. O governo nega manter presos políticos e diz que tais acusações fazem parte dos
esforços apoiados pelos EUA para manchar sua imagem.