"Me deixe ser muito claro sobre tudo isso: tumultos não são protestos. Pilhagens não são protestos. Atear fogo não é protestar. Nada disso é protestar. É ilegalidade, pura e simples. E aqueles que o fazem devem ser processados", disse Biden, em seu primeiro evento de campanha após a Convenção Nacional Democrata. "A violência não trará mudança, só trará destruição. É errado em todos os sentidos. Vai dividir, em vez de unir. Isso torna as coisas piores, não melhores."
Biden reiterou que os saques e danos à propriedade são uma ruptura em relação a táticas de defensores dos direitos civis como Martin Luther King Jr. e John Lewis, e "devem acabar". "Não devemos queimar. Temos de construir", disse o candidato.
Em seguida, o democrata acusou Trump de ser parte do problema. "Nosso atual presidente quer que vocês vivam com medo", disse o democrata, de 77 anos. "Ele se autodenomina uma figura de ordem. Ele não é. E até agora não fez parte da solução. Ele é parte do problema". "Donald Trump tem sido uma presença tóxica em nosso país há quatro anos".
A nove semanas das eleições presidenciais de 3 de novembro, a questão da segurança domina o debate. Recentemente, a ira contra o racismo que marca o país nos últimos meses gerou distúrbios, especialmente em Kenosha, onde um adolescente armado foi acusado de matar duas pessoas na semana passada, e em Portland (Oregon), onde uma pessoa foi assassinada a tiros no sábado (29). "Alguém acredita que haverá menos violência nos Estados Unidos se Donald Trump for reeleito?", indagou Biden em seu discurso.
As novas ondas de protestos começaram após Jacob Blake, um homem negro de 29 anos, ser baleado por um policial. Pessoas que estavam no local relataram que o
policial atirou pelo menos sete vezes em Blake, que está em
estado grave em um hospital em Milwaukee - ele pode não voltar a andar. Os agentes foram ao local atendendo a um chamado sobre um "incidente doméstico", uma discussão entre duas mulheres a qual Blake tentou acalmar. Seus três filhos estavam no veículo.