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Internacional

- Publicada em 10 de Agosto de 2020 às 19:01

Oposição não reconhece vitória de Lukashenko na Bielorrússia e denuncia repressão

"Me considero vencedora da eleição", afirmou Svetlana Tikhanovskaya

"Me considero vencedora da eleição", afirmou Svetlana Tikhanovskaya


SERGEI GAPON/AFP/JC
Candidata da oposição na eleição presidencial da Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaya declarou nesta segunda-feira (10) que não reconhece o resultado da votação realizada no domingo (9). Em coletiva de imprensa, Svetlana denunciou que houve repressão contra manifestantes anti-governo durante a madrugada e disse que vai comprovar que houve fraude nas eleições.
Candidata da oposição na eleição presidencial da Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaya declarou nesta segunda-feira (10) que não reconhece o resultado da votação realizada no domingo (9). Em coletiva de imprensa, Svetlana denunciou que houve repressão contra manifestantes anti-governo durante a madrugada e disse que vai comprovar que houve fraude nas eleições.
"As autoridades devem refletir sobre como transferir o poder. Me considero vencedora da eleição", afirmou Svetlana, contestando uma pesquisa boca de urna oficial que apontou vitória do atual presidente do país, Alexander Lukashenko, com 80% dos votos.
Svetlana também afirmou estar disposta a se reunir com Lukashenko para abordar a situação das eleições e disse que não pretende abandonar o país por medo de ser presa. "Não vejo nenhum motivo pelo qual eu possa ser presa ou tenha que sair do país."
A equipe da candidata vem fazendo uma contagem independente dos votos para provar que houve fraude, e tem convocado "os que creem que seus votos foram roubados" a não ficarem calados.
Depois do fechamento dos colégios eleitorais na Bielorrússia, a oposição do país saiu às ruas de Minsk e de outras cidades para protestar contra o que denunciaram como fraude eleitoral. Os manifestantes foram dispersados pela polícia, que usou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e jatos de água.
Segundo o Ministério do Interior, cerca de 3 mil pessoas foram presas durante os protestos e 50 foram feridas. Entres os agentes de segurança pública, 39 ficaram feridos.
O processo eleitoral na Bielorrússia apresentou sinais de comprometimento desde antes de seu início formal. Lukashenko, que governa o país desde 1994, não poupou esforços para reprimir a oposição e garantir a continuidade no cargo.
Dois candidatos foram presos durante a campanha e um está no exílio. Um dos detidos é Siarhei Tikhanovski, marido de Svetlana, de quem ela herdou sua posição como representante da oposição unificada.
A comunidade internacional se manifestou ao fim do pleito no país do Leste Europeu. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen condenou a repressão dos protestos e exigiu a recontagem dos votos emitidos na eleição presidencial. A Polônia pediu nesta segunda a realização de um encontro extraordinário da União Europeia sobre a situação bielorrussa, enquanto o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha declarou que há indícios de que ocorreu fraude nas eleições.
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