Jimmy Lai, o editor do popular jornal pró-democracia de Hong Kong, Apple Daily, foi preso por suspeita de "conluio estrangeiro" sob a
nova lei de segurança nacional que Pequim impôs à cidade em resposta a um ano de agitação pró-democracia, de acordo com o executivo sênior da editora de Lai, Mark Simon.
A polícia entrou na casa de Lai e o informou de que ele estava sendo preso sob suspeita de violação de segurança nacional, entre outras, disse Simon. A polícia também realizou buscas na casa de um filho de Lai.
A prisão do barão da mídia de Hong Kong, de 70 anos, é de longe a mais significativa segundo a nova lei de segurança nacional. Lai é uma figura importante na vida de Hong Kong, cujo jornal foi um espinho para a liderança pró-Pequim da cidade durante os meses de
massivos protestos pacíficos e violentos confrontos com a polícia que abalaram Hong Kong neste ano e no ano passado.
Lai também fez várias viagens a Washington DC para se encontrar com autoridades norte-americanas, incluindo o vice-presidente Mike Pence, atividade que agora provavelmente violaria os estatutos de conluio estrangeiro da lei de segurança, embora a lei não seja retroativa.
Críticos da lei de segurança nacional, incluindo Lai, a consideraram a sentença de morte para o status semiautônomo e os tribunais independentes que permitem que Hong Kong prospere como uma capital financeira internacional. Os EUA responderam à lei com várias sanções, incluindo punir pessoalmente a líder da cidade, Carrie Lam, apoiada por Pequim, e outras autoridades. A polícia de Hong Kong disse em um comunicado que sete pessoas foram presas por suspeita de violação da lei de segurança nacional.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, foi ao Twitter manifestar preocupação com a prisão de Lai. "Estou profundamente preocupado com os relatos da prisão de Jimmy Lai pela draconiana Lei de Segurança Nacional de Hong Kong. Outra prova de que o Partido Comunista da China eviscerou as liberdades de Hong Kong e corroeu os direitos de seu povo", publicou.