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Internacional

- Publicada em 09 de Agosto de 2020 às 11:38

O futuro do Líbano está em jogo, diz Macron em encontro virtual

Presidente francês foi o primeiro chefe de Estado a visitar Beirute após a explosão no porto

Presidente francês foi o primeiro chefe de Estado a visitar Beirute após a explosão no porto


Thibault Camus/POOL/AFP
As potências mundiais devem deixar de lado suas diferenças e apoiar o povo libanês, cujo futuro está em jogo depois que uma explosão massiva devastou a capital, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, em uma conferência de doadores neste domingo (9).
As potências mundiais devem deixar de lado suas diferenças e apoiar o povo libanês, cujo futuro está em jogo depois que uma explosão massiva devastou a capital, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, em uma conferência de doadores neste domingo (9).
A economia do Líbano, carregada de dívidas, já estava atolada em crise e se recuperando da pandemia do coronavírus antes da explosão do porto, que matou 158 pessoas.
Mas os governos estrangeiros têm receio de assinar cheques em branco para um governo considerado por seu próprio povo como profundamente corrupto, e alguns Estados estão preocupados com a influência do Irã por meio do grupo xiita Hizbullah.
Em comentários de abertura para uma conferência virtual de doadores que ele co-organizou, Macron disse que a resposta internacional deveria ser coordenada pelas Nações Unidas no Líbano.
"Apesar das diferenças de opinião, todos devem ajudar o Líbano e seu povo", disse Macron via vídeo-link, de seu retiro de verão, na Riviera Francesa. "Nossa tarefa hoje é agir com rapidez e eficiência."
Israel sinalizou sua disposição de ajudar, acrescentou Macron, mas, junto com o Irã, não estava representado na videoconferência, que reuniu cerca de 15 líderes.
O presidente francês afirmou que a oferta de assistência incluiu apoio para uma investigação imparcial, confiável e independente sobre a explosão de 4 de agosto, que levou alguns libaneses a convocar uma revolta para derrubar seus líderes políticos.
A explosão destroçou bairros inteiros, deixando 250 mil pessoas desabrigadas, arrasando empresas e destruindo suprimentos essenciais de grãos.
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A reconstrução de Beirute provavelmente custará bilhões de dólares. Economistas preveem que a explosão pode acabar com até 25% do PIB do país.
Muitos libaneses estão irritados com a resposta do governo e dizem que o desastre destacou a negligência de uma elite política corrupta. Os manifestantes invadiram ministérios do governo em Beirute e destruíram os escritórios da Associação de Bancos Libaneses no sábado (8).
Macron foi o primeiro chefe de Estado a visitar Beirute. Ao chegar à cidade, o líder francês se posicionou como um articulador para organizar a cooperação internacional enviada ao Líbano, mas defendeu a necessidade de reformas políticas e econômicas e pediu que reforço no combate à corrupção.
"A prioridade hoje é ajuda, apoio incondicional à população. Mas há reformas indispensáveis em certos setores que a França exige há meses, anos", disse Macron. "Não podemos fazê-las sem apontar algumas verdades inconvenientes. Se essas reformas não forem feitas, o Líbano continuará a afundar."
Antes da conferência, a ministra da Informação do Líbano, Manal Abdel Samad, anunciou sua renúncia, citando o fracasso do governo em realizar reformas e a explosão catastrófica.
Também no domingo, o Papa Francisco pediu ao povo do Líbano que trabalhe junto para dar origem a uma nova coexistência, "livre e forte". Falando em seu discurso semanal na Praça de São Pedro, o pontífice afirmou que a convivência de culturas ficou muito mais frágil com a explosão.
Beirute amanheceu de ressaca, após os maiores protestos desde outubro levarem cerca de 100 mil às ruas no dia anterior, em um grande levante contra o governo, que incluiu a invasão de três ministérios e confrontos com a polícia.
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