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Internacional

- Publicada em 03 de Agosto de 2020 às 18:30

Ataque do Estado Islâmico deixa ao menos 29 mortos em prisão no Afeganistão

Forças especiais do Afeganistão foram enviadas a Jalalabad para auxiliar a polícia local e manter a prisão sob vigilância

Forças especiais do Afeganistão foram enviadas a Jalalabad para auxiliar a polícia local e manter a prisão sob vigilância


NOORULLAH SHIRZADA/AFP/JC
A explosão de um carro-bomba seguida de um tiroteio entre combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e forças de segurança afegãs deixou ao menos 29 mortos, nesta segunda-feira (3), durante o ataque a uma prisão em Jalalabad, no leste do Afeganistão.
A explosão de um carro-bomba seguida de um tiroteio entre combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e forças de segurança afegãs deixou ao menos 29 mortos, nesta segunda-feira (3), durante o ataque a uma prisão em Jalalabad, no leste do Afeganistão.
Na noite de domingo (2), os terroristas explodiram um carro-bomba na entrada da prisão, onde detentos do Taliban e do EI eram mantidos junto com criminosos comuns, e começaram a atirar contra os agentes responsáveis pela segurança do local.
De acordo com autoridades afegãs, cerca de 30 militantes do EI participaram diretamente do ataque à prisão. Entre civis, agentes de segurança e terroristas, já foram contabilizados 29 mortos e 50 feridos.
De acordo com o porta-voz do governador da província de Nangarhar, da qual Jalalabad é a capital, dos 1.793 presos, a maior parte tentou escapar após a explosão inicial. Foram recapturados 1.025, e 430 permaneceram no interior do prédio. Os demais 338 seguem foragidos.
Forças especiais do Afeganistão foram enviadas a Jalalabad para auxiliar a polícia local e manter a prisão sob vigilância. Moradores das regiões ao redor da prisão estão sendo evacuados e a cidade entrou em lockdown.
"Toda a cidade de Jalalabad está sob toque de recolher, as lojas estão fechadas", informou à agência de notícias Reuters o parlamentar afegão Sohrab Qaderi. "Jalalabad está completamente vazia."
Mohammad Idres, um dos prisioneiros que permaneceu no prédio, foi contatado por celular e disse à Reuters que consegue ver quatro corpos no chão do lado de fora. "Estamos com muita fome, está muito quente e não temos água", disse.
"Às vezes, fica silencioso e depois o tiroteio começa", reforçou ele. "As forças de segurança parecem não avançar porque os atacantes mantêm pontos estratégicos, incluindo as torres de vigia".
De acordo com autoridades locais, o general Yasin Zia, chefe do Exército afegão, também está em Jalalabad para supervisionar as operações. O ataque ocorreu um dia depois que a agência de inteligência afegã informou que as forças especiais do país mataram um comandante sênior do Ei.
No domingo, também se encerrou uma trégua de três dias estabelecida entre os talibãs e as forças afegãs em respeito ao Aid al-Adha, feriado sagrado para os muçulmanos. O EI, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, não participa da trégua.
Um relatório da ONU publicado em julho estimou que existem cerca de 2,2 mil membros do grupo terrorista no Afeganistão e que, embora tenha perdido território, continua capaz de realizar ataques de grandes proporções.
O último ataque de grandes proporções no país foi em 13 de julho. Na ocasião, a explosão de um carro-bomba organizada pelo Taliban, em Aybak, capital da província de Samangan, deixou 11 pessoas mortas e 63 feridas. 
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