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Internacional

- Publicada em 03 de Agosto de 2020 às 16:23

Morre John Hume, figura chave no acordo de paz com o IRA que pôs fim à violência sectária na Irlanda do Norte

Em 1998, Hume compartilhou o Nobel da Paz com David Trimble, premiê norte-irlandês

Em 1998, Hume compartilhou o Nobel da Paz com David Trimble, premiê norte-irlandês


GERRY PENNY/AFP/JC
John Hume, arquiteto do acordo de paz da Irlanda do Norte e ganhador do Prêmio Nobel da Paz pelo papel desempenhado no fim dos 30 anos de violência sectária, morreu nesta segunda-feira (3), aos 83 anos. Ele estava em uma casa de repouso em Londonderry, sua terra natal, informou a família em comunicado.
John Hume, arquiteto do acordo de paz da Irlanda do Norte e ganhador do Prêmio Nobel da Paz pelo papel desempenhado no fim dos 30 anos de violência sectária, morreu nesta segunda-feira (3), aos 83 anos. Ele estava em uma casa de repouso em Londonderry, sua terra natal, informou a família em comunicado.
Hume compartilhou o Nobel entregue em 1998 com David Trimble, então premiê do país, do Partido Unionista do Ulster. "A morte de John Hume representa a perda da figura política mais significativa da Irlanda do século XX", afirmou Colum Eastwood, líder da SDLP, partido do qual Hume fazia parte.
Nacionalista moderado e defensor dos direitos civis, Hume manteve conversas pioneiras com Gerry Adams, que na época era o líder do Sinn Féin, então a ala política do Exército Republicano Irlandês (IRA).
O político sempre defendeu sua decisão de manter contatos com o braço político do IRA como forma de ajudar a criar confiança diante de um acordo de paz. As negociações ajudaram a pavimentar o caminho para uma iniciativa conjunta dos governos britânico e irlandês em 1993, o que gerou um processo de paz e uma trégua do IRA em 1994. Essas conversas produziram o pacto divisor de águas no conflito da região.
O ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, no poder quando ocorreu o histórico acordo de paz, chamou os esforços de Hume de épicos. "Hume era um titã político, um visionário que se recusou a acreditar que o futuro tinha que ser o mesmo que o passado. Esta contribuição para a paz na Irlanda do Norte foi épica e com razão será lembrado por isso", disse Blair, cuja ascensão ao poder em maio de 1997 acelerou o processo de paz na província.
"Todos nós devemos inclinar a cabeça em respeito e agradecimento. Que homem extraordinário, pacificador, político, líder, defensor dos direitos civis, homem de família, inspiração", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney.
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