Horas depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos ter rejeitado uma contestação judicial de última hora com uma votação de 5 a 4, o Departamento de Justiça determinou a execução de um homem de 47 anos pelo assassinato, em 1996, de uma família de três pessoas. A execução federal desta terça-feira (13) foi a primeira em mais de 17 anos.
Daniel Lewis Lee, que já foi supremacista branco, mas abandonou o movimento, foi executado por injeção letal na penitenciária federal de Terre Haute, Indiana. Lee foi declarado morto às 8h07min locais (9h07min em Brasília). "Vocês estão matando um homem inocente", disse Lee, de acordo com o jornal The Indianapolis Star.
Nas proximidades da penitenciária, policiais faziam a segurança, enquanto manifestantes protestavam contra a pena de morte com cartazes pelo direito à vida e usando máscaras com mensagens.
O Departamento de Justiça anunciou a intenção de retomar a pena de morte federal e de empregar um novo procedimento para executá-la - usando uma única droga, o pentobarbital -, após várias execuções fracassadas por injeção letal, renovando o debate sobre métodos usados na pena de morte.
A execução de Lee estava prevista para segunda-feira, mas a juíza distrital Tanya Chutkan ordenou a suspensão da aplicação da sentença para permitir impugnações aos protocolos da injeção letal, que também será aplicada a outros três condenados à morte por crimes federais.
Lee foi condenado no Arkansas em 1999 por assassinar William Mueller, um traficante de armas, sua mulher, Nancy, e sua filha de 8 anos, Sarah Powell. Earlene Peterson, cuja filha e neta foram mortas por Lee, pediu ao presidente Donald Trump que perdoasse o condenado, mas o republicano ignorou o pedido.
Nos últimos 45 anos, apenas três pessoas foram executadas em nível federal, incluindo Timothy McVeigh, em 2001, responsável pelo atentado a bomba em Oklahoma, que deixou 168 mortos, em 1995.