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Internacional

- Publicada em 07 de Julho de 2020 às 20:22

Cientistas pedem reavaliação da transmissão do coronavírus pelo ar

Entre as sugestões está evitar a aglomeração de pessoas, particularmente em transportes e edifícios públicos

Entre as sugestões está evitar a aglomeração de pessoas, particularmente em transportes e edifícios públicos


CARL DE SOUZA/AFP/JC
Em uma carta aberta à Organização Mundial da Saúde (OMS), 239 cientistas de 32 países pedem à entidade que reconheça oficialmente o "potencial significativo" de propagação pelo ar do novo coronavírus. De acordo com o texto, em ambientes fechados, uma gotícula contaminada pelo vírus é capaz de viajar "dezenas de metros". Distância que, segundo o grupo, é muito maior em ambientes fechados e sem ventilação.
Em uma carta aberta à Organização Mundial da Saúde (OMS), 239 cientistas de 32 países pedem à entidade que reconheça oficialmente o "potencial significativo" de propagação pelo ar do novo coronavírus. De acordo com o texto, em ambientes fechados, uma gotícula contaminada pelo vírus é capaz de viajar "dezenas de metros". Distância que, segundo o grupo, é muito maior em ambientes fechados e sem ventilação.
"Existe um potencial significativo de exposição por inalação a vírus em gotículas respiratórias microscópicas (microgotas) a curtas e médias distâncias (até vários metros, em ambientes fechados e sem ventilação), e defendemos a utilização de medidas preventivas para mitigar esta via aérea de transmissão", diz o texto.
O grupo cita alguns estudos que apontam "sem qualquer dúvida" que os vírus são liberados durante a exalação, conversa e tosse em microgotas suficientemente pequenas para permanecerem no ar, representando risco de exposição a distâncias superiores a 2 metros de um indivíduo infectado. Por este motivo, pedem que OMS revise os parâmetros de transmissão e cuidados para a prevenção de contágio do novo coronavírus.
De acordo com a carta, publicada na página da Sociedade de Doenças Infecciosas da América, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, em velocidades típicas de ambientes fechados, uma gota de 5 micrômetros - cada micrômetro equivale a 1 milionésimo de metro ou à milésima parte do milímetro - viajará dezenas de metros, distância muito maior do que em ambientes abertos, e se instalará a uma altura de 1,5m do chão.
O texto lembra que organismos internacionais e nacionais concentram suas orientações na lavagem das mãos, na manutenção do distanciamento social de 2 metros e nas precauções contra as gotículas - procedimentos que, de acordo com o texto, são "apropriados, porém insuficientes para fornecer proteção contra microgotas respiratórias portadoras de vírus liberadas para o ar por pessoas infectadas".
Entre as medidas sugeridas está a "ventilação suficiente e eficaz" de ambientes internos, por meio de ar exterior limpo, de forma a minimizar a recirculação, como equipamentos de ar-condicionado, "particularmente em edifícios públicos, ambientes de trabalho, escolas, hospitais, e lares de idosos". Os cientistas sugerem também trocar a ventilação de ar-condicionado, por exaustores e filtros de ar de alta eficiência, além de luzes ultravioleta germicidas.
Por fim, sugerem que se evite aglomeração de pessoas, particularmente em transportes públicos e edifícios públicos. "Tais medidas são práticas e muitas vezes podem ser facilmente implementadas; muitas não são dispendiosas. Por exemplo, passos simples como a abertura de portas e janelas podem aumentar dramaticamente as taxas de fluxo de ar em muitos edifícios", complementam.
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