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Internacional

- Publicada em 03 de Julho de 2020 às 19:12

Maduro ordena prisão de colaboradores de Guaidó por "roubo" de ouro da Venezuela

Maduro tenta recuperar há mais de um ano 31 toneladas de ouro, avaliadas em quase R$ 5,3 bilhões

Maduro tenta recuperar há mais de um ano 31 toneladas de ouro, avaliadas em quase R$ 5,3 bilhões


JHONN ZERPA/Afp/jc
O Ministério Público da Venezuela ordenou a prisão e o congelamento de bens de 11 colaboradores do líder opositor Juan Guaidó, acusados de "traição à pátria" por, segundo o órgão, roubarem do país reservas de ouro armazenadas no Banco da Inglaterra (BoE).
O Ministério Público da Venezuela ordenou a prisão e o congelamento de bens de 11 colaboradores do líder opositor Juan Guaidó, acusados de "traição à pátria" por, segundo o órgão, roubarem do país reservas de ouro armazenadas no Banco da Inglaterra (BoE).
"A todos esses criminosos que agiram para favorecer os interesses de potências estrangeiras (...) são atribuídos os crimes de traição à pátria, usurpação de funções e formação de quadrilha", disse o procurador-geral, Tarek William Saab, em discurso transmitido pela rede de TV estatal.
Entre os acusados pelo Ministério Público estão Vanessa Neumann, delegada de Guaidó no Reino Unido, e Carlos Vecchio, representante do líder opositor nos EUA. Todos os envolvidos vivem fora do país, mas Saab não descartou ações internacionais para realizar as prisões.
A administração do presidente Nicolás Maduro tenta recuperar há mais de um ano 31 toneladas de ouro, avaliadas em quase R$ 5,3 bilhões, guardadas pela Venezuela nos cofres do BoE.
Na quinta-feira (2), porém, um juiz britânico deu ganho de causa a Guaidó e impediu que o ouro fosse resgatado pelo regime venezuelano. A decisão diz que o governo britânico considera Guaidó presidente legítimo da Venezuela, de modo que caberia a ele decidir sobre a gestão das reservas, e não a Maduro.
Os chavistas pedem a liberação do ouro sob o argumento de que usarão os valores para financiar ações de combate à pandemia de coronavírus. Já Guaidó diz temer que os recursos sejam usados para perseguir opositores e pressionar a população a seguir apoiando o governo.
O Banco Central da Venezuela (BCV) anunciou que apresentará um recurso à decisão britânica, por considerar que a sentença ignora a realidade. O resultado do julgamento pode estabelecer um precedente para outros fundos venezuelanos bloqueados no exterior, especialmente em países europeus. Nos EUA, a Justiça tem se manifestado a favor de Guaidó.
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