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Internacional

- Publicada em 25 de Junho de 2020 às 21:19

Nuvem de poeira atinge Cuba e prejudica qualidade do ar nos EUA

Mais intenso em 2020, fenômeno cobriu o céu de Havana

Mais intenso em 2020, fenômeno cobriu o céu de Havana


YAMIL LAGE/AFP/JC
A nuvem de poeira do deserto do Saara que atravessou o Oceano Atlântico e atingiu Cuba começou agora a afetar até a qualidade do ar na Flórida, nos Estados Unidos. Alguns especialistas chamam a intensa massa de ar muito seco com poeira do deserto africano de "nuvem de poeira Godzilla". É um fenômeno que ocorre anualmente, mas parece ter se intensificado em 2020.
A nuvem de poeira do deserto do Saara que atravessou o Oceano Atlântico e atingiu Cuba começou agora a afetar até a qualidade do ar na Flórida, nos Estados Unidos. Alguns especialistas chamam a intensa massa de ar muito seco com poeira do deserto africano de "nuvem de poeira Godzilla". É um fenômeno que ocorre anualmente, mas parece ter se intensificado em 2020.
Impulsionado por ventos fortes, o pó do Saara viaja através do Oceano Atlântico do Oeste da África durante a primavera no Hemisfério Norte. Nesta ocasião, a massa de ar seca e poeirenta percorreu 8 mil km até o Caribe e começou a encobrir desde o domingo passado, San Juan, capital de Porto Rico, que parecia envolta em uma camada de neblina. Agora, um sistema de alta pressão empurra o pó saariano até a costa do Golfo da Flórida.
Em Miami, a qualidade do ar na quarta-feira era considerada "moderada", de acordo com o escritório de gestão de recursos ambientais e a secretaria de Saúde da cidade. As autoridades pedem que pessoas com problemas respiratórios permaneçam em casa.
A previsão é de que a qualidade do ar em Cuba também viesse a piorar nesta quinta-feira, e a nuvem deve continuar sobre a ilha até esta sexta-feira. Em Havana, o fenômeno causa uma deterioração considerável na qualidade do ar, segundo relatou o cientista Eugenio Mojena.
Ele explica que as nuvens de poeira são carregadas com material altamente prejudicial à saúde humana como ferro, cálcio, fósforo, silício e mercúrio, além de vírus, bactérias, fungos, ácaros patogênicos, estafilococos e poluentes orgânicos.
A massa de ar seco e carregada de partículas de areia se forma sobre o deserto do Saara no final da primavera, no verão e no começo do outono no Hemisfério Norte, e geralmente se desloca em direção ao Oeste sobre o Oceano Atlântico a cada três ou cinco dias. Quando ocorre, costuma ser de curta duração, não superior a uma semana. Porém, a presença de ventos suaves em certas épocas do ano a tornam mais propensa a cruzar o Atlântico e percorrer mais de dez mil quilômetros.
É o que ocorre desta vez. Uma gigantesca mancha opaca encobre há dias parte do Oceano Atlântico. Nas imagens capturadas por satélites, há uma nuvem marrom que vai da África até o Caribe. Tradicionalmente, a atividade da camada de ar do Saara aumenta em meados de junho, alcançando seu ponto máximo do final deste mês até meados de agosto, quando começa a diminuir rapidamente.
Durante seu período de maior atividade, a camada de ar saariana chega até a Flórida, América Central e Texas, cobrindo uma área enorme que, incluindo as partes do Atlântico, é superior ao território dos Estados Unidos e do Canadá juntos. Especialistas afirmam que a atual nuvem tem a concentração mais alta de partículas de poeira registrada nos últimos 50 anos na região.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) prevê que a coluna de poeira do Saara continuará se movendo rumo ao oeste pelo Mar do Caribe, alcançando áreas do norte da América do Sul, América Central e da Costa do Golfo dos Estados Unidos.
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