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Selo coronavírus

- Publicada em 16 de Junho de 2020 às 03:00

Pequim intensifica medidas restritivas após surto de Covid-19 na cidade

Pessoas que estiveram no mercado Xinfadi passam por triagem e exame para confirmar se estão infectadas

Pessoas que estiveram no mercado Xinfadi passam por triagem e exame para confirmar se estão infectadas


/NOEL CELIS/AFP/JC
Uma onda de novos casos do novo coronavírus ligados ao mercado de frutos do mar Xinfadi, em Pequim, fez a capital da China intensificar medidas restritivas em todas as suas regiões. Segundo noticiou a emissora de TV estatal CGTN, todos os bairros da cidade retomaram o nível 2 de emergência, o que obriga a interdição temporária de espaços fechados e locais de entretenimento público. Dos 49 infectados registrados pelo governo chinês ontem, 39 são provenientes de contágio doméstico, enquanto 10 oram importados de outros países. Dentre os casos domésticos, 36 são de Pequim. 
Uma onda de novos casos do novo coronavírus ligados ao mercado de frutos do mar Xinfadi, em Pequim, fez a capital da China intensificar medidas restritivas em todas as suas regiões. Segundo noticiou a emissora de TV estatal CGTN, todos os bairros da cidade retomaram o nível 2 de emergência, o que obriga a interdição temporária de espaços fechados e locais de entretenimento público. Dos 49 infectados registrados pelo governo chinês ontem, 39 são provenientes de contágio doméstico, enquanto 10 oram importados de outros países. Dentre os casos domésticos, 36 são de Pequim. 
Segundo as autoridades de saúde da capital chinesa, Pequim completou 56 dias sem relatar novos casos de Covid-19 antes da primeira infecção relacionada ao mercado Xinfadi. Até agora, 79 casos ligados ao atacado de produtos alimentícios foram confirmados. Ao todo, a China já somou 83.181 infectados e 4.634 mortos pelo novo coronavírus desde o início da pandemia em dezembro de 2019. 
Outros países asiáticos também registraram novos casos de coronavírus. A Coreia do Sul reportou 37 contaminações nas últimas 24 horas, para um total de 12.121 casos. Já o Japão contabilizou mais 62 infectados. No Japão, 18.214 pessoas contraíram o novo coronavírus, e 938 morreram de Covid-19. 
Um estudo feito por pesquisadores estadunidenses revelou que uma mutação do vírus que causa a Covid-19, o Sars-Cov-2, pode aumentar significativamente sua capacidade de infectar as células do corpo humano. Segundo a pesquisa, a mutação ocorre no número de "proteínas S" que o vírus carrega. Observadas na estrutura microscópica do novo coronavírus como espécies de "espinhos", são essas proteínas que permitem ao vírus se anexar às células humanas, infectando-as. Os pesquisadores afirmam que, após a mutação, o Sars-Cov-2 chega a ter 4 ou 5 vezes mais proteínas S. A descoberta pode explicar porque alguns dos primeiros surtos da pandemia não chegaram ao ponto de sobrecarregar sistemas de saúde em alguns países.
Após se tornar um novo epicentro mundial da pandemia e o quarto país mais atingido pela Covid-19, a Índia decidiu restaurar a quarentena em uma região onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas. Os distritos de Chennai e outras cidades próximas irão retomar as medidas restritivas do período anterior à abertura no país, o que ocorreu no começo do mês de junho. O país já registrou 332.424 casos e 9.520 mortes por coronavírus, segundo dados compilados pela Universidade norte-americana de Johns Hopkins.
Três cidades da Rússia decidiram cancelar o desfile militar marcado para o dia 24 de junho por temer que o evento cause um surto de infecções de Covid-19, apesar da pressão feita pelo presidente Vladimir Putin de manter o evento na capital Moscou. Os municípios que suspenderam os desfiles foram Penza, Pyatigorsk e Yakutsk. O país é o terceiro com mais casos da doença no mundo todo, com 537.210 infectados, além de 7.091 óbitos registrados durante a pandemia.

Lojas reabrem no Reino Unido, e restaurantes voltam a receber clientes em Paris

As lojas de roupas estão abertas, mas os provadores permanecem fechados. As livrarias permitem que os clientes entrem, mas qualquer item tocado e não adquirido vai para uma quarentena. E os revendedores joias de sofisticadas fazem adaptações aos negócios para descontaminar pulseiras de diamantes e colares de ouro.
Em diferentes países europeus, as regras para evitar a disseminação do coronavírus vão mudando com o passar das semanas para buscar o equilíbrio entre a retomada da atividade econômica e a luta contra a pandemia em desaceleração no continente.
No Reino Unido, as lojas que vendem bens não essenciais reabriram ontem, pela primeira vez em quase três meses. A medida é parte de uma tentativa global mais ampla de retomar o comércio mesmo quando o vírus permanece profundamente entrelaçado no tecido da sociedade.
O país foi um dos últimos da Europa a fechar o comércio e agora é um dos últimos a permitir provisoriamente a reabertura das lojas. Com muitas precauções.
Pela primeira vez, todas as pessoas que usam transporte público deverão usar máscaras. Restaurantes, bares e academias de ginástica permanecem fechados.
Na França, os proprietários de restaurantes em Paris esperaram mais de três meses, mas nesta segunda-feira puderam receber clientes dentro de suas instalações.
"Estamos prontos e ansiosos para trabalhar!", afirma Francisco Ferrández com um sorriso, enquanto termina de preparar as mesas para seu restaurante, La Bocca, em uma animada rua no centro de Paris.
O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou uma "primeira vitória" contra o vírus e disse que todos os negócios poderiam retomar esta semana. Mas alertou que "o verão de 2020 será diferente de qualquer outro".
Os parisienses já podiam tomar café ou provar um prato em restaurantes desde 2 de junho, mas apenas nas áreas externas. No centro de Paris, perto da famosa Opéra Garnier, alguns estabelecimentos lendários do bairro também mantinham as cortinas fechadas, como o Vaudeville. Para receber os clientes, os restaurantes devem manter um metro de distância entre cada mesa e os funcionários devem usar máscaras.
No entanto, outros parisienses continuam céticos, como Yoan, 35 anos, que almoçou em uma pequena cervejaria no Quartier Latin. "Não havia muitas pessoas. Apenas algumas mesas estavam ocupadas. As pessoas ainda têm medo de uma segunda onda", observa ele.
Já a Espanha reabriu as portas a um grupo seleto de turistas alemães em um projeto turístico que levará 10 mil veranistas às Ilhas Baleares para descobrir como o turismo em massa pode funcionar em tempos de coronavírus.
Os hotéis estão limitados a uma ocupação de 50% e terão câmeras infravermelhas nas entradas para medir a temperatura corporal dos hóspedes. "Será mais tranquilo do que o normal", disse um turista de camiseta e máscara. "Mas é uma boa sensação que tudo esteja recomeçando. Que possamos viajar novamente."
A Espanha, um dos destinos turísticos mais populares do mundo, começou a se fechar para o turismo internacional depois que a epidemia provocou a declaração de um estado de emergência no dia 14 de março, mas o governo vinha sendo cada vez mais pressionado a reativar um setor que emprego um de cada oito trabalhadores do país.