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Internacional

- Publicada em 11 de Maio de 2020 às 17:34

Estudantes de Medicina acusam governo de trabalho forçado no combate à Covid-19

Segundo estudantes, aqueles que não vão, não recebem diploma e correm o risco de serem expulsos

Segundo estudantes, aqueles que não vão, não recebem diploma e correm o risco de serem expulsos


ALEXANDER NEMENOV/AFP/JC
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início da suspensão das medidas de contenção do novo coronavírus no país a partir desta terça-feira (12). De acordo com Putin, o governo russo adotará programas de ajuda financeira a famílias cujos membros perderam o emprego ou tiveram que trabalhar de casa, e a empresas que precisaram fechar as portas temporariamente no país.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início da suspensão das medidas de contenção do novo coronavírus no país a partir desta terça-feira (12). De acordo com Putin, o governo russo adotará programas de ajuda financeira a famílias cujos membros perderam o emprego ou tiveram que trabalhar de casa, e a empresas que precisaram fechar as portas temporariamente no país.
A retomada deve ser gradual, respeitando as características de cada região. Em Moscou, por exemplo, as restrições devem permanecer em vigor até, pelo menos, 31 de maio.
A iminência da reabertura, no entanto, não diminuiu o tom das críticas dos estudantes de Medicina do país, que dizem estarem sendo forçados por autoridades russas a trabalhar no combate ao coronavírus, mesmo sem a experiência e os cuidados básicos necessários. "Aqueles que não vão, não recebem diploma e correm o risco de serem expulsos", denuncia Svetlana, estudante de Medicina do sexto ano em Moscou.
Dado o número de infecções, o sistema de saúde russo - enfraquecido pela falta de pessoal, por anos de cortes no orçamento e por reformas controversas - está sob pressão. A implantação de quase 100 mil leitos adicionais em todo o país está se mostrando insuficiente.
Em 27 de abril, os Ministérios da Saúde e da Educação emitiram um decreto ordenando aos estudantes de Medicina do quarto, quinto e sexto períodos a realização de "treinamento prático" em hospitais que tratam pacientes com Covid-19, a partir de 1º de maio. Somente aqueles com "contraindicações médicas" estão isentos.
Além da ameaça de não receberem o diploma, os estudantes também estão preocupados com a falta de equipamentos de proteção individual nos hospitais. As autoridades reconhecem que há dificuldades, mas minimizam o alcance.
A Rússia tem o quarto maior número de casos de Covid-19 no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Espanha e Reino Unido. Até esta segunda-feira (11), eram mais de 221 mil casos e cerca de 2.009 mortes, de acordo com a universidade norte-americana Johns Hopkins.
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