O premiê do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou, neste domingo (10), um modesto relaxamento no lockdown do país e estabeleceu um plano para a retirada de mais restrições nos próximos meses.
Em discurso televisionado, Johnson disse que, embora pessoas que não consigam trabalhar em casa desejem voltar a seus afazeres, "esta semana não é o momento, simplesmente, de encerrar o lockdown". Ele afirmou que seria "loucura" relaxar muito as restrições e permitir uma segunda onda de casos. "Nós precisamos continuar a controlar o vírus e a salvar vidas", afirmou o premiê. O Reino Unido, registrava, neste domingo, 31,9 mil mortes pela Covid-19, com 220,4 mil infectados.
Johnson ressaltou que os que podem trabalhar em casa devem continuar a fazê-lo, para que aqueles que não podem, como nos setores de construção e industrial, possam ir ao trabalho a partir desta semana. Porém, afirmou que esses grupos não devem usar o transporte público e precisam manter distanciamento físico.
A partir de quarta-feira (13), o governo permitirá também que as pessoas se exercitem nas ruas sem restrições. As pessoas ainda poderão tomar sol, dirigir para outros destinos e praticar esportes, mas com membros da mesma residência. Johnson disse que todos precisam continuar a manter o distanciamento social recomendado.
Ele apresentou um "plano condicional" para relaxar outras restrições nos próximos meses, como a reabertura de lojas e a possível volta às aulas para algumas crianças a partir de 1° de junho. Também mostrou esperança de que alguns segmentos de hospitalidade e mais espaços públicos possam ser reabertos um mês depois, contanto que garantam o distanciamento.
Johnson disse desejar passar uma "percepção sobre o que vem pela frente" e sobre "como e em que base as decisões devem ser tomadas". Segundo ele, nos próximos dois meses, o governo não será movido pela "mera esperança ou necessidade econômica", mas "pela ciência, pelos dados e pela saúde pública".