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Internacional

- Publicada em 28 de Abril de 2020 às 18:18

EUA bate marca de um milhão de casos de Covid-19

Mortes entre norte-americanos quase dobraram em dez dias

Mortes entre norte-americanos quase dobraram em dez dias


KENA BETANCUR/GETTY IMAGES/AFP/JC
Os Estados Unido ultrapassaram nesta terça-feira (28) a barreira de 1 milhão de casos confirmados de Covid-19, marca inédita entre os 185 países impactados pela pandemia. O patamar alarmante foi atingido 12 dias depois que o presidente Donald Trump anunciou um plano para a reabertura econômica dos estados norte-americanos.
Os Estados Unido ultrapassaram nesta terça-feira (28) a barreira de 1 milhão de casos confirmados de Covid-19, marca inédita entre os 185 países impactados pela pandemia. O patamar alarmante foi atingido 12 dias depois que o presidente Donald Trump anunciou um plano para a reabertura econômica dos estados norte-americanos.
Os EUA já eram líderes em diagnósticos e número de vítimas em decorrência do coronavírus desde 11 de abril, quando ultrapassaram a Itália e se tornaram o epicentro da doença, mas romper a barreira do milhão conferiu novos contornos à situação da crise no país.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os EUA registraram, nesta terça-feira, 1.003.328 casos e 57.533 mortes por Covid-19. O segundo colocado é a Espanha, com 232.128 diagnósticos e 23.822 mortes. No mundo, são mais de 3 milhões de infectados e 215 mil mortes.
Os números podem ser ainda maiores, já que não há um programa de testagem considerado suficiente para indicar o estágio das transmissões em diversos países, inclusive nos EUA. As mortes entre norte-americanos quase dobraram em dez dias e chegaram a mais de 57 mil em meio a protestos incentivados por Trump para a reabertura do país.
O presidente se preocupa com o impacto que os danos econômicos da pandemia terão sobre sua campanha à reeleição - 26 milhões de pessoas já pediram acesso ao seguro-desemprego desde março e mais de 70% dizem que suas rendas diminuíram com a crise.
No dia 16 de abril, Trump anunciou as diretrizes para a reabertura econômica, deixando na mão dos governadores a decisão sobre os prazos para a retomada das atividades. Em diversas regiões, como Nova York e Califórnia, a curva dos casos e mortes começou a cair nos últimos dias, mas estados do meio-oeste e do sul do país ainda não chegaram no pico da curva e enfrentam situações graves.
As diretrizes da Casa Branca estabelecem critérios para a reabertura gradual dos estados, como capacidade mínima hospitalar, diminuição sustentada de casos de Covid-19 por um período de pelo menos 14 dias e o alto nível de testagem da população. Esse é justamente um dos principais problemas dos EUA, ainda muito distantes de um patamar de testes considerado ideal para o início de uma retomada segura.
Pesquisadores da Universidade Harvard, por exemplo, afirmam que é preciso ter 500 mil testes diários para alcançar um bom nível antes da reabertura, e os EUA hoje fazem cerca de 145 mil por dia. A preocupação é que haja uma segunda onda de transmissões com o relaxamento precoce das medidas de isolamento.
Apesar das controvérsias, estados como Texas, Tennessee, Carolina do Sul e Geórgia, todos governados por políticos republicanos, do partido de Trump, colocaram em teste, em graus diferentes, ações para suspender o isolamento desde a semana passada.
Já governadores democratas, como os de Nova York, Michigan e Califórnia, dizem que vão seguir o processo de reabertura norteados pela ciência e por especialistas em saúde pública, acompanhando a queda da curva do novo vírus ao mesmo tempo em que tentam ampliar a quantidade de testes.
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