O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de "coronalouco", pela "irresponsabilidade que causou o contágio e a morte de milhares de brasileiros". Maduro deu a declaração em entrevista a uma rádio argentina, na qual também disse que será bastante provável que as eleições legislativas da Venezuela, previstas para o dia 6 de dezembro, "tenham de ser adiadas". "Temos como prioridade combater a pandemia, e seria uma irresponsabilidade agora se eu confirmasse que haverá eleições."
Neste caso, porém, não explicou se a atual Assembleia Nacional, de maioria opositora, teria seu mandato estendido ou se haveria outra saída. O líder chavista disse, apenas, que a decisão seria tomada pelo Tribunal Supremo de Justiça, que é controlado pelo governo. "A prioridade agora é a pandemia, a economia, a estabilidade social e a vida das pessoas", afirmou.
Maduro também disse que os números oficiais de infectados (204) e de mortos (nove) na Venezuela são explicados pelo fato de o regime ter tomado "medidas audazes e a tempo", afirmou.