A queda no número de novos casos de coronavírus na Dinamarca levou o país a reabrir escolas e creches nesta quarta-feira (15). O indício de que o país escandinavo começa a superar a crise causada pelo coronavírus, entretanto, não foi suficiente para tranquilizar mães e pais dinamarqueses, que ainda não se sentem seguros para permitir que seus filhos voltem às aulas. O medo de que as escolas se tornem um ambiente propício para fazer surgir uma segunda onda de contaminação fez com que milhares de pais mantivessem seus filhos em casa.
No Facebook, Sandra Andersen, mãe de duas filhas, de cinco e nove anos, fundou o grupo "Meu filho não será uma cobaia", que tem mais de 40 mil membros. "Acho que muitos pais estão pensando: 'por que meu filho pequeno tem que ser o primeiro a sair?'. Não vou deixar minhas filhas saírem, não importa o que aconteça", disse Sandra à agência de notícias Reuters.
Além do fechamento das escolas, o governo da Dinamarca determinou a paralisação de lojas, bares, restaurantes, cinemas e academias. O bloqueio durou um mês. Nesta quarta-feira, o país tinha 6.876 casos de Covid-19, com 309 mortes.
O premiê dinamarquês, Mette Frederiksen, defendeu a reabertura sob o argumento de que, com as crianças na escola, os pais poderão retornar ao trabalho e fazer a economia voltar a funcionar.