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Internacional

- Publicada em 14 de Abril de 2020 às 18:17

Vice-presidente do Equador ganha fôlego político após manejo de crise da Covid-19

Na semana passada, uma força-tarefa retirou mais de 700 corpos de casas em Guayaquil

Na semana passada, uma força-tarefa retirou mais de 700 corpos de casas em Guayaquil


JOSE SÁNCHEZ/AFP/JC
"Sofremos uma forte deterioração de nossa imagem internacional e temos visto imagens que nunca deveriam ter ocorrido. Por isso, como seu servidor público, lhes peço desculpas. Quero transmitir meus mais sinceros pêsames a todas essas famílias que perderam um ente querido nesta semana". Essas foram as palavras do vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, no dia 4 de abril, ao pedir desculpas pelas cenas trágicas vistas em Guayaquil, em meio à crise do coronavírus.
"Sofremos uma forte deterioração de nossa imagem internacional e temos visto imagens que nunca deveriam ter ocorrido. Por isso, como seu servidor público, lhes peço desculpas. Quero transmitir meus mais sinceros pêsames a todas essas famílias que perderam um ente querido nesta semana". Essas foram as palavras do vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, no dia 4 de abril, ao pedir desculpas pelas cenas trágicas vistas em Guayaquil, em meio à crise do coronavírus.
Com 37 anos e no cargo desde dezembro de 2018, Sonnenholzner tem na resposta ao drama vivido em sua cidade natal a possibilidade de se fortalecer politicamente, levando em conta que em 2021 ocorre a eleição presidencial no Equador.
Mesmo tendo sido um dos primeiros líderes da América Latina a implementar medidas para retardar a disseminação do novo vírus, o presidente Lenín Moreno teve sua administração criticada por falhas no sistema de detecção da doença. Com 67 anos, Moreno faz parte do grupo de risco para a Covid-19 e por isso não está na linha de frente. Diferentemente de outros líderes latino-americanos, por exemplo, Moreno nem mesmo realiza coletivas diárias para fornecer à população um balanço do coronavírus.
Nesse contexto, Sonnenholzner se destaca, assume o papel de dianteira e lidera o Comitê de Operações de Emergência (COE), que lida com a crise de saúde. Ele faz visitas a casas de saúde da rede pública para verificar os equipamentos disponíveis e anunciou medidas para a região de Guayas, cuja capital é Guayaquil: 1.500 novos leitos para a rede pública atender pacientes com suspeita de Covid-19.
Com cerca de 2,3 milhões de habitantes, Guayaquil passou a ser chamada de “Wuhan do Equador”, uma referência à cidade chinesa onde teve início a pandemia mundial de Covid-19. Guayas concentra 72% dos infectados do país. Guayaquil tem mais de 4,5 mil doentes, mas os números podem estar subestimados, como admite o próprio governo. Na semana passada, uma força-tarefa retirou mais de 700 corpos de casas em Guayaquil. No Equador, o número oficial de mortos é de 355.
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