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União Europeia

- Publicada em 14 de Abril de 2020 às 15:44

União Europeia cria roteiro para reabertura de países

Três critérios técnicos devem guiar os governos europeus na decisão de relaxar as quarentenas impostas contra o coronavírus (Covid-19), segundo documento que será apresentado nesta quarta-feira (15) pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. São eles a evolução das transmissões, a capacidade do sistema de saúde e a capacidade de acompanhar novos casos. O texto "Um roteiro europeu para levantar medidas de contenção da Covid-19", obtido pela reportagem da Folhapress, detalha também princípios que devem orientar as retomadas e sugere medidas de acompanhamento.
Três critérios técnicos devem guiar os governos europeus na decisão de relaxar as quarentenas impostas contra o coronavírus (Covid-19), segundo documento que será apresentado nesta quarta-feira (15) pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. São eles a evolução das transmissões, a capacidade do sistema de saúde e a capacidade de acompanhar novos casos. O texto "Um roteiro europeu para levantar medidas de contenção da Covid-19", obtido pela reportagem da Folhapress, detalha também princípios que devem orientar as retomadas e sugere medidas de acompanhamento.
Até esta terça-feira (14), dez países do continente já haviam anunciado planos para relaxar as quarentenas, dos quais cinco já retomaram algumas atividades: Eslováquia, República Tcheca, Áustria, Itália e Espanha. A Dinamarca reabre escolas hoje, e Noruega, França, Bélgica e Polônia também tornaram pública a intenção de aliviar os confinamentos.
A decisão sobre quem, como e quando voltar à vida anterior à pandemia é de cada governo, diz a Comissão Europeia: o objetivo do "roteiro" é garantir que essas decisões sejam coordenadas, para que os países não se prejudiquem.
No primeiro critério, os governos devem estar seguros de que a propagação diminuiu significativamente por um período de tempo sustentando, ou seja, houve redução duradoura no número de novos casos e de internações.
O segundo ponto, da capacidade hospitalar, deve ser medido pela taxa de ocupação de UTIs, o número de leitos hospitalares disponíveis, o acesso a produtos farmacêuticos usados em casos críticos (antibióticos, anestésicos, medicamentos para reanimação e relaxantes musculares) e o estoque de equipamentos (ventiladores, equipamentos de proteção).
Também deve ser verificado se há profissionais de saúde em quantidade suficiente, com capacidade de atuar (protegidos de infecção ou recuperados da doença) e treinados para atender a emergências respiratórias. Esse critério é essencial, porque garante que as equipes possam atender um repique de infecções por Covid-19.
Em terceiro lugar, os governos devem ter desenvolvido capacidade de monitorar a população, incluindo testes em larga escala para detectar a propagação do vírus, rastrear os contatos de infectados e tratar os doentes.
Detecção de anticorpos também é necessário para calcular a parcela da população que já teve contato com a Covid-19 e pode ter adquirido imunidade. Principalmente nas maiores nações, os governos devem avaliar esses critérios em nível regional, pois pode haver áreas do país menos preparadas para relaxar as medidas.

Sugestões da UE:

  1. Fazer o relaxamento gradual, em etapas diferentes, com um tempo razoável para medir seus efeitos (a sugestão é de um mês);
  2. Substituir medidas gerais por específicas. Por exemplo, prolongar o distanciamento social dos idosos. Começar com o relaxamento de medidas com impacto local e estendê-lo gradualmente, levando em conta diferenças regionais. Abrir em fases as fronteiras internas e externas;
  3. Retomar a atividade econômica de forma gradual, com base na possibilidade de trabalho remoto, na importância econômica da atividade, na frequência de contato dos trabalhadores. Nem todos devem voltar ao mesmo tempo. A prioridade deve ser de setores que facilitem a atividade econômica, como transporte;
  4. Permitir progressivamente reuniões de pessoas, com horários diferentes para almoço em escolas, salas de aulas menores, mais ensino a distância, restrição ao número de clientes em lojas, redução do horário de funcionamento e da ocupação de restaurantes. No transporte público, a densidade de passageiros deve ser reduzida, a frequência de serviço aumentada e deve ser assegurado equipamento de proteção e barreiras de desinfecção;
  5. Reforçar a comunicação para impedir a propagação do vírus, com campanhas sobre práticas de higiene (lavar as mãos, etiqueta para tossir/espirrar, limpar superfícies com alto contato etc.) e distanciamento social;
  6. Monitorar continuamente o relaxamento e manter a preparação para retomar medidas de contenção mais rigorosas, em caso de aumento das taxas de infecção.