Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 13 de Abril de 2020 às 20:30

Restrição social deve ser retirada 'de modo lento'

Para Ghebreyesus, isolamento social é 'apenas parte da equação das medidas'

Para Ghebreyesus, isolamento social é 'apenas parte da equação das medidas'


RAUL ARBOLEDA/AFP/JC
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, nesta segunda-feira (13), durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, que as medidas de restrição social impostas por causa da pandemia de coronavírus (Covid-19) terão de ser retiradas "de modo lento, controlado".
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, nesta segunda-feira (13), durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, que as medidas de restrição social impostas por causa da pandemia de coronavírus (Covid-19) terão de ser retiradas "de modo lento, controlado".
Neste quadro, o comando da OMS pediu que os países tomem a decisão sobre reforçar ou relaxar a circulação de pessoas tendo como prioridade a saúde humana e que isso seja parte de uma estratégia abrangente de medidas contra a Covid-19. Para a organização, a restrição à circulação não impede os governos de já pensarem nos passos seguintes. Porém, não é possível fazer a transição de uma vez de um quadro de restrição total de circulação para outro de total circulação das pessoas.
De qualquer modo, a OMS insiste que será preciso "mudar nossos comportamentos no futuro previsível", para evitar mais mortes. É importante, inclusive, que a retirada de medidas de restrição não seja feita de uma vez por todos os países, destacou a OMS.
Ghebreyesus notou que alguns países e regiões enfrentam "restrições econômicas severas" há semanas ou mesmo meses. "É difícil sobreviver a um lockdown quando se depende do trabalho diário para comer", admitiu, referindo-se a medidas de restrição mais forte de circulação, impostas por algumas das nações ou regiões especialmente afetadas.
O comando da OMS lembrou que há relatos pelo mundo de muitas pessoas em risco de passar fome ou já nessa situação. No caso das crianças, há 1,4 bilhão delas sem escola, o que aumenta o risco de abusos e também de se ficar sem acesso a alimentos. "Em muitos países, a ordem de ficar em casa pode não ser prática", reconheceu a entidade, notando que há muitos pobres, imigrantes e refugiados vivendo em residências lotadas, com poucos recursos.
Nesse contexto, Ghebreyesus apontou que o isolamento social é "apenas parte da equação das medidas" contra a Covid-19. A OMS voltou a insistir que essa equação precisa incluir a busca de casos, os testes e o isolamento dos doentes, para conter a disseminação da doença.
Líder da resposta da OMS à pandemia, a epidemiologista Maria Van Kerkhove disse que a entidade ainda precisa de muito mais dados para conhecer melhor a doença - por exemplo, por quanto tempo uma pessoa infectada pode transmiti-la.
A OMS recomenda que pessoas expostas a contaminados pelo coronavírus façam quarentena durante 14 dias. Um indivíduo suspeito, que eventualmente não possa fazer teste para confirmar a doença, deve ficar isolado durante a duração dos sintomas, mais outros 14 dias.
Além disso, a OMS indicou que há sinais de estabilização na curva de novos casos de coronavírus em vários países no continente europeu. A entidade lembrou o fato de que algumas dessas nações retiraram pressão do sistema de saúde com restrições mais fortes à circulação de pessoas (lockdowns), o que ajudou esse controle.
Entretanto, conforme os países e regiões saem das situações de lockdown, pode haver novo salto nos novos casos. "O único meio de sair dessa situação é achar o vírus, testar e isolar os doentes", recomenda a entidade.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO