O julgamento dos quatro suspeitos de causar a explosão do voo MH17 e posterior queda sobre a Ucrânia em 17 de julho de 2014, matando as 298 pessoas a bordo - sendo 196 holandeses -, começou nesta segunda-feira (9) na Holanda, com a ausência dos acusados.
O juiz Hendrik Steenhuis declarou aberta a audiência no tribunal de Schiphol, nos subúrbios de Amsterdã, perto do aeroporto de onde descolou o Boeing 777 da Malaysia Airlines, que tinha como destino Kuala Lumpur, na Malásia, antes de ser atingido por um míssil Buk. Um pequeno número de familiares das vítimas esteve no tribunal e outros assistiram à audiência por meio de videoconferência.
Os russos Serguei Dubinski, Igor Guirkin e Oleg Pulatov e o ucraniano Leonid Kharchenko, quatro líderes separatistas pró-Rússia do Leste da Ucrânia, são acusados de assassinato e de terem derrubado deliberadamente o avião civil. Eles não compareceram a esta primeira audiência. Cinco juízes - três que seguirão no caso e dois suplentes - entraram silenciosamente em um tribunal lotado.
Steenhuis disse que o arquivo criminal do caso contém 36 mil páginas e "uma enorme quantidade de arquivos multimídia". Para o magistrado, examinar as evidências "será um período muito doloroso e emocional", pois "há muitas vítimas" e "muitos familiares" que sofrem pelo ocorrido.