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Internacional

- Publicada em 05 de Março de 2020 às 20:25

Coronavírus interrompe peregrinação de muçulmanos e esvazia Meca

Área em torno do cubo negro, ao qual muçulmanos peregrinam, foi interditada para esterilização

Área em torno do cubo negro, ao qual muçulmanos peregrinam, foi interditada para esterilização


ABDEL GHANI BASHIR/AFP
Em meio aos esforços para conter a transmissão do coronavírus, o governo da Arábia Saudita esvaziou, nesta quinta-feira (5), o lugar mais sagrado do islã, o centro de Meca.
Em meio aos esforços para conter a transmissão do coronavírus, o governo da Arábia Saudita esvaziou, nesta quinta-feira (5), o lugar mais sagrado do islã, o centro de Meca.
A área em torno da Kaaba - o cubo negro ao qual muçulmanos peregrinam - foi temporariamente interditada para esterilização, segundo a agência de notícias AFP. A Arábia Saudita já tem cinco casos confirmados de coronavírus.
Com isso, imagens circuladas pelas redes sociais durante a manhã mostravam um espaço vazio, em vez dos milhares de fiéis que passam por ali diariamente. A medida, descrita pelo governo como "sem precedentes", afetou apenas a região adjacente à Kaaba. Outros andares da mesquita em torno do cubo seguiam abertos para a prece. Ainda assim, são bastante raras as imagens do espaço térreo tão deserto.
A Arábia Saudita já havia suspendido na quarta-feira (4) a peregrinação conhecida como Umra. A Umra é uma peregrinação a Meca semelhante ao Hajj, que em tese todo muçulmano tem de fazer ao menos uma vez na vida. Mas, enquanto o Hajj pode ser feito apenas durante um período específico do ano, a Umra pode ser feita a qualquer momento.
O Hajj ocorre em julho neste ano e, se o coronavírus ainda for uma ameaça, deve ser um momento particularmente delicado. Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram a Meca no ano passado para fazer o Hajj. Proibir o ritual será um golpe e tanto para a comunidade muçulmana.
Segundo o site GulfNews, já há ansiedade ao redor do mundo quanto à perspectiva de a peregrinação ser cancelada neste ano. Quem guardou dinheiro por anos para custear o ritual se pergunta, por exemplo, se poderá recuperar o investimento. Agências de viagem especializadas na peregrinação devem sofrer um choque.
Mesmo as rezas diárias têm sido alteradas em países de maioria muçulmana. O canal Al Jazeera informa, por exemplo, que as tradicionais preces de sexta-feira foram canceladas em algumas cidades do Irã. Em Cingapura, líderes religiosos pedem que os fiéis tragam seus próprios tapetes para a mesquita.
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