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Internacional

- Publicada em 05 de Março de 2020 às 17:01

Rússia e Turquia anunciam cessar-fogo para evitar confronto na Síria

Pauta principal da conversa foi o retorno da navegação nos mares Negro e de Azov

Pauta principal da conversa foi o retorno da navegação nos mares Negro e de Azov


PAVEL GOLOVKIN/AFP/JC
Rússia e Turquia anunciaram um cessar-fogo na guerra civil da Síria, na qual as duas potências estrangeiras apoiam lados diferentes: Moscou é aliada da ditadura de Bashar al-Assad e Ancara, de rebeldes atualmente centrados na província de Idlib.
Rússia e Turquia anunciaram um cessar-fogo na guerra civil da Síria, na qual as duas potências estrangeiras apoiam lados diferentes: Moscou é aliada da ditadura de Bashar al-Assad e Ancara, de rebeldes atualmente centrados na província de Idlib.
O anúncio foi feito pelos presidentes Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan no Kremlin. O turco queria discutir a grave escalada no conflito com o russo em Ancara com a presença de outros líderes estrangeiros, mas Putin só aceitou falar em casa - para simbolizar sua posição de força no conflito, ameaçada pelos desenvolvimentos no país árabe.
Os dois líderes falaram por seis horas, três delas a sós, nesta quinta-feira (5). O cessar-fogo vale para toda a província de Idlib, foco da disputa que opôs a Turquia, um membro da Otan, e a Rússia, país contra o qual a aliança militar ocidental foi formada em 1949.
Segundo o chanceler russo, Serguei Lavrov, forças dos dois países farão patrulhas conjuntas na rodovia M4, a principal de Idlib. Isso já ocorre na zona de segurança na fronteira Norte do país, e é uma medida que visa gerar maior confiança mútua. Para agradar seu público interno, Erdogan afirmou que a Turquia se reserva o direito de retaliar qualquer ataque de forças de Assad.
Na prática, até que detalhes das conversas surjam, ambos os presidentes ganharam tempo e as tropas no local, certo refrigério após duas semanas de intensos combates. Putin apoia com ataques aéreos desde dezembro a ofensiva final de Assad para retomar as rodovias do Norte e Noroeste sírios e Idlib, o último bolsão rebelde no país.
Com efeito, na manhã antes do encontro dos dois, um bombardeio atribuído aos russos matou 16 civis no sul de Idlib, capital homônima da província. Os turcos, presentes na região desde 2018 e que no fim de 2019 patrocinaram uma invasão de maior escala, têm reforçado seus aliados árabes contrários a Assad desde então.
As altercações se tornaram comuns e, no dia 27 de fevereiro, um bombardeio matou 34 soldados turcos em 1 dos 12 postos de observação que o país mantém em Idlib. A ação foi atribuída por russos e turcos como síria, mas poucos analistas duvidam que foi obra de um avião do Kremlin.
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