Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2020 às 20:36

Fernández mostra avanços, mas vê cobranças na Argentina

Governo lançou planos de ajuda aos mais pobres, incluindo um carnê de alimentação

Governo lançou planos de ajuda aos mais pobres, incluindo um carnê de alimentação


RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
O presidente argentino, Alberto Fernández, de 60 anos, chegou nesta segunda-feira (10) ao segundo mês de governo com avanços na política exterior, na contenção das manifestações sociais e com boa aprovação popular (59%), segundo o instituto Opinaia. É a mesma cifra obtida por seu antecessor, Mauricio Macri, no mesmo período de sua gestão.
O presidente argentino, Alberto Fernández, de 60 anos, chegou nesta segunda-feira (10) ao segundo mês de governo com avanços na política exterior, na contenção das manifestações sociais e com boa aprovação popular (59%), segundo o instituto Opinaia. É a mesma cifra obtida por seu antecessor, Mauricio Macri, no mesmo período de sua gestão.
O índice de popularidade é importante porque, nos primeiros dois meses, Macri não lançou um pacote de aumento de impostos, como fez Fernández. Agora, os argentinos pagam 30% a mais para compras no exterior ou com cartão de crédito (se o gasto for por meio de sites estrangeiros) e na compra de dólares, restrita a US$ 200 ao mês. Além disso, há novos tributos para exportadores e transferências de propriedades.
As dificuldades de Fernández, porém, vem ganhando mais espaço nos noticiários, à medida que a euforia da vitória e a tradicional trégua dada pelos meios de comunicação ao primeiro mês de todos os governos vão deixando de existir.
Entre os desafios há a atração de investidores, a existência de vários tipos de câmbio (há mais de dez valores atualmente) e as dívidas externa e interna. Isso sem contar a inflação e o índice de pobreza, que, em janeiro, ficaram em 3% e 36%, respectivamente.
No caso das dívidas, o ministro da Economia, Martín Guzmán, iniciou, na semana passada, a negociação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com seus credores internos. As tratativas continuam nesta semana, com a chegada de um comitê do fundo ao país para discutir temas técnicos.
Hoje, a dívida total argentina corresponde a 96% de seu PIB (Produto Interno Bruto), e Fernández tem repetido que os adiamentos dos prazos de vencimento são prioritários, pois o país precisa de "tempo para crescer primeiro e pagar a dívida depois".
Do lado dos avanços da gestão Fernández, o principal é a relativa calma social que vive o país, sem protestos de ruas, piquetes ou greves. O peso deixou de se desvalorizar, e as medidas do governo para aplacar o impacto da alta inflação - que fechou 2019 em 55% - estão tendo resultado para conter a insatisfação popular.
O governo lançou planos de ajuda aos mais pobres, incluindo um carnê de alimentação, que pode ser trocado por alimentos da cesta básica, e aumentou o número de produtos que entraram para o plano "Preços Cuidados", que vigia e impede aumentos abusivos de mais de 100 itens. Além disso, foram congelados os preços de serviços de eletricidade, gás e transporte.
O novo ano legislativo começa em março, e o governo pretende anunciar como será a reforma da Justiça e o cronograma para votação de um novo projeto de lei para legalizar o aborto até a 14ª semana, uma promessa de campanha de Fernández.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO