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Saúde

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2020 às 20:57

Aviões que buscarão brasileiros na China partem nesta quarta-feira

O Ministério da Saúde sinalizou nesta terça-feira (4) que a missão para retirar cerca de 40 brasileiros de Wuhan, na China, cidade que é epicentro do coronavírus, deve começar nesta quarta-feira (5) com a saída dos aviões. A medida deve ocorrer, mesmo sem a aprovação no Congresso Nacional do projeto de lei que estabelece regras para o enfrentamento da doença, como a quarentena e a possibilidade de impedir entrada e saída do Brasil.
O Ministério da Saúde sinalizou nesta terça-feira (4) que a missão para retirar cerca de 40 brasileiros de Wuhan, na China, cidade que é epicentro do coronavírus, deve começar nesta quarta-feira (5) com a saída dos aviões. A medida deve ocorrer, mesmo sem a aprovação no Congresso Nacional do projeto de lei que estabelece regras para o enfrentamento da doença, como a quarentena e a possibilidade de impedir entrada e saída do Brasil.
"Devemos estar preparados para as duas situações. Se for aprovado (o projeto de lei), ótimo. Se não for aprovado, temos nossas alternativas", disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. "Não vamos criar nenhum tipo de pressão sobre o Legislativo", afirmou.
As alternativas ao projeto de lei seriam regras que já constam na legislação brasileira sobre "emergências" de saúde pública e fiscalização sanitária, por exemplo.
O governo federal enviou nesta terça-feira (4) ao Congresso Nacional proposta que prevê medidas sanitárias para enfrentar a "emergência de saúde" decorrente da epidemia de coronavírus. O texto prevê regras sobre isolamento e a quarentena. Também permite a realização compulsória de exames em pacientes suspeitos, além de prever a "restrição excepcional e temporária de entrada e saída do País por rodovias, portos ou aeroportos".
Também nesta terça-feira (4), o governo reconheceu "emergência de saúde pública em território nacional". O País, contudo, ainda não tem casos confirmados de infecção pelo vírus.
São investigadas 13 pessoas com suspeita de estarem com coronavírus no País. Outros 16 casos já foram descartados. As suspeitas estão nos estados de São Paulo (seis casos), Rio Grande do Sul (quatro casos), Santa Catarina (dois casos) e Rio de Janeiro (um caso).
Conforme informações do Ministério da Saúde, cinco pessoas no Brasil aguardam resultado de teste específico para coronavírus, sendo três no Rio Grande do Sul, uma em São Paulo e outra em Santa Catarina. O exame costuma ser divulgado em até sete dias, segundo o governo.

China já tem 420 mortes; OMS ainda vê risco alto

Somente ontem, o número de pacientes em Hubei aumentou em mais de 2 mil

Somente ontem, o número de pacientes em Hubei aumentou em mais de 2 mil


STR/AFP/JC
O novo coronavírus já infectou mais de 20 mil pessoas e causou mais de 400 mortes na China. A Comissão Nacional de Saúde informou ontem que 3.235 novos pacientes foram diagnosticados com a doença, elevando o total para 20.438. O número de mortes causadas pelo vírus subiu para 425, depois de mais 64 pacientes terem morrido na província de Hubei, onde fica Wuhan.
Um hospital construído às pressas em Hubei começou a funcionar na segunda-feira. A unidade tem capacidade para mil leitos.
Fora da China, 185 infecções pelo coronavírus foram diagnosticados em 26 países e territórios. Há 20 casos confirmados no Japão; 19 na Tailândia; 18 em Singapura; 15 na Coreia do Sul; 15 em Hong Kong; 12 na Austrália; e 11 nos EUA.
Taiwan e Alemanha têm dez casos cada; Macau, nove; Malásia e Vietnã, oito cada; França, seis; Emirados Árabes Unidos, cinco; e Índia, três. Canadá, Itália, Reino Unido, Rússia e Filipinas têm dois casos cada, ao passo que Nepal, Camboja, Sri Lanka, Finlândia, Suécia e Espanha têm um caso cada.
Também ontem, o governo de Hong Kong registrou a primeira morte em consequência do novo coronavírus. Segundo o governo, a vítima é um homem de 39 anos. Essa é a segunda morte causada pelo vírus fora da China continental. A primeira foi nas Filipinas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, ontem, que o risco do coronavírus se disseminar continua alto. Analisando o atual estágio da doença, já considerada emergência global, a entidade estimou que a comunidade internacional terá de investir, entre fevereiro e abril deste ano, US$ 675,6 milhões para conter o surto.