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Internacional

- Publicada em 28 de Janeiro de 2020 às 09:13

Número de mortes pelo coronavírus passa de 100 na China

Governo chinês adotou medidas para tentar controlar o avanço do coronavírus

Governo chinês adotou medidas para tentar controlar o avanço do coronavírus


NOEL CELIS/AFP/JC
Agência Brasil
O número de mortes causadas pela nova variante do coronavírus chegou a 106 depois que autoridades da província de Hubei anunciaram 24 mortes na manhã desta terça-feira (28). Autoridades de saúde da China afirmam que mais de 4 mil pessoas foram infectadas.
O número de mortes causadas pela nova variante do coronavírus chegou a 106 depois que autoridades da província de Hubei anunciaram 24 mortes na manhã desta terça-feira (28). Autoridades de saúde da China afirmam que mais de 4 mil pessoas foram infectadas.
O premiê chinês Li Keqiang visitou Wuhan, foco do surto, para demonstrar a seriedade com que Pequim está considerando o problema. Li visitou pacientes e profissionais da área médica que estão atuando na linha de frente de combate à doença.
As autoridades de saúde da China afirmam que as pessoas que visitaram Wuhan e outras áreas afetadas serão monitoradas por um período de duas semanas. He Qinghua, funcionário da Comissão Nacional de Saúde, avisou que "qualquer pessoa que tenha sido infectada será imediatamente encaminhada para um hospital e mantida sob quarentena".
O prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, admitiu que a cidade não forneceu informações sobre a nova variante do coronavírus em tempo hábil. Zhou atribuiu o atraso ao fato de que o governo local tinha a obrigação de conseguir uma autorização antes de divulgar informações.
Até o momento, cerca de 65 casos foram notificados em 17 países e territórios em todo o mundo. Nesta segunda-feira (27), a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou atrás e passou a classificar como "elevado" o risco internacional do coronavírus. Na semana passada havia qualificado o surto como "moderado". Segundo a entidade, houve um erro de formulação na avaliação anterio
A China está intensificando as medidas para conter o vírus. O feriado prolongado do Ano-Novo Lunar foi estendido até 2 de fevereiro. O surto também está afetando a economia chinesa. As autoridades em Shanghai pedem que estabelecimentos comerciais na cidade permaneçam fechados até o dia 9 de fevereiro.
Diversas escolas e creches na China decidiram adiar a volta às aulas.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, está em Pequim. Ele deve se reunir com autoridades chinesas para discutir a melhor forma de combater o surto.
Impacto internacional
O impacto econômico do surto de coronavírus continua a se espalhar, inclusive fora da China. O governo chinês diz que o número de pessoas que usam o transporte público em todo o país caiu cerca de 30% no sábado (25), o primeiro dia do Ano-Novo Lunar - em comparação com o mesmo período no ano passado.
Outros países também estão sentindo os efeitos. A China proibiu viagens em grupo para o exterior, incluindo o Japão.
O ministro da Revitalização Econômica do Japão, Yasutoshi Nishimura, disse que os chineses representam cerca de 30% do total de turistas estrangeiros no Japão. "E não é apenas isso, a produção e o consumo chinês podem ser prejudicados caso a situação se prolongue. Há preocupação de que isso poderia afetar a produção e as exportações japonesas, bem como os lucros corporativos."
Nishimura também lembrou os riscos sobre a volatilidade do câmbio e do mercado de ações, e acrescentou que vai monitorar de perto as movimentações financeiras.
A Bolsa de Valores de Xangai, por exemplo, retomaria suas atividades na sexta-feira (31), mas, até o momento, a informação é de que não voltará a operar até a próxima segunda-feira (3).
Hong Kong
A chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou nesta terça-feira (28) que o território vai suspender a emissão de vistos de viagem para turistas da China em meio a preocupações com a disseminação do surto de coronavírus iniciado na cidade chinesa de Wuhan.
O governo de Hong Kong também decidiu suspender os serviços ferroviário de alta velocidade e de balsas entre o território e a China continental e cortou pela metade os voos provenientes de aeroportos chineses.
Mais cedo, a Bolsa de Hong Kong anunciou que voltará a operar nesta quarta-feira (29), como estava previsto, após permanecer fechada por alguns dias em função do feriado do ano-novo chinês.
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