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O prefeito de Wuhan, cidade no epicentro do surto do novo tipo de coronavírus na China, colocou o cargo à disposição após críticas sobre falta de transparência na divulgação de informações. O secretário do Partido Comunista da China em Wuhan, Ma Guoqiang, fez o mesmo.
"Nossos nomes viverão na infâmia, mas se for necessário para o controle da doença e a vida e segurança das pessoas, o camarada Ma Guoqiang e eu assumiremos qualquer responsabilidade", disse Zhou Xianwang.
Em entrevista à emissora de televisão estatal chinesa, Zhou admitiu que informações sobre o contágio do vírus não foram divulgadas em tempo hábil. Mas pediu que o público entendesse, já que o governo local só poderia divulgar informações depois de obter autorização do governo central. Ele também afirmou que suas "mãos estavam atadas" já que regras locais exigiam a aprovação de Pequim antes de divulgar informações confidenciais.
De acordo com a mídia chinesa, o prefeito de Wuhan também afirmou que cerca de 5 milhões de pessoas deixaram Wuhan por causa do feriado antes do fechamento da cidade.
O número de mortos pela nova variante do coronavírus na China chegou a 81 pessoas ontem após a província de Hainan divulgar seu primeiro caso fatal, o de uma mulher de 80 anos cuja família havia chegado da cidade de Wuhan, no último dia 17. Outras 2,7 mil pessoas já foram diagnosticadas com a pneumonia.
A província de Hubei, onde fica Wuhan, responde por 76 das mortes. Foram registrados casos individuais também em Xangai e nas províncias de Hebei, Heilongjiang e Henan. Mais de 30 mil pessoas que tiveram contato com pacientes infectados estão em observação na China.
Para tentar conter o surto, a China ampliou a duração do feriado do Ano-Novo Lunar em três dias. O objetivo é evitar, ou ao menos adiar, viagens de retorno para casa. Milhões de chineses viajaram para suas cidades natais ou fizeram turismo durante o feriado, que começou na sexta-feira passada e acabaria na próxima quinta-feira. Agora, o país seguirá parado até domingo. A reabertura das escolas foi suspensa por tempo indeterminado.
O presidente chinês, Xi Jinping, qualificou a situação como grave e disse que o governo está fazendo esforços para restringir viagens e aglomerações, enquanto despacha equipes médicas para Wuhan.