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Internacional

- Publicada em 21 de Janeiro de 2020 às 03:00

Milhares de pessoas protestam na Virgínia contra restrições à posse e compra de armas

Com revólveres e fuzis, manifestantes cantavam o hino norte-americano e gritavam 'liberdade, liberdade'

Com revólveres e fuzis, manifestantes cantavam o hino norte-americano e gritavam 'liberdade, liberdade'


/Zach Gibson/Getty Images/AFP/JC
Milhares de homens armados com revólveres e fuzis semiautomáticos cercaram, ontem, a sede do governo estadual da Virgínia, em Richmond, para protestar contra uma série de leis que devem restringir o direito à compra e posse de armas. Sob temperaturas negativas e um vento seco e insistente, eles cantavam o hino nacional norte-americano e berravam "liberdade, liberdade, liberdade".
Milhares de homens armados com revólveres e fuzis semiautomáticos cercaram, ontem, a sede do governo estadual da Virgínia, em Richmond, para protestar contra uma série de leis que devem restringir o direito à compra e posse de armas. Sob temperaturas negativas e um vento seco e insistente, eles cantavam o hino nacional norte-americano e berravam "liberdade, liberdade, liberdade".
Não houve episódios de violência pela manhã, mas o protesto ocorreu sob palpável tensão. Havia receio de que a situação fugisse do controle, com a presença de tantos grupos radicais. Um protesto de supremacistas brancos em Charlottesville, cidade próxima de Richmond, terminou em violência em 2017 - um homem atropelou intencionalmente uma multidão, deixando um morto e 19 feridos.
Na semana passada, o FBI prendeu três membros de um grupo radical de direita que tinha planos de ir a Richmond cometer atos de violência. Nesse contexto, o governador democrata, Ralph Northam, decretou estado de emergência temporário, pelo qual proibiu, até a tarde de hoje, o porte de arma nos arredores da sede do governo.
Um pedaço de papel colado em diversos pontos da cidade listava, um a um, os tipos de armas proibidos durante o estado de emergência: armas de fogo, é claro, mas também facas, tesouras, estilingues, shurikens, tchacos, tochas etc.
Quem levou qualquer tipo de arma teve de ficar do lado de fora da sede do governo. Abraçados a seus fuzis e vestindo roupas camufladas, manifestantes desafiavam as autoridades com cartazes dizendo "há mais patriotas do que algemas para prendê-los". Grupos pró-arma se reúnem todos os anos em Richmond, no que chamam de "dia do lobby", para pressionar os legisladores estaduais. O evento, porém, costuma ser de pequeno porte. As coisas ganharam outra proporção neste ano.
Uma das razões é que, após vencer as eleições de novembro e controlar o governo da Virgínia pela primeira vez desde 1994, o partido democrata propôs uma série de medidas para restringir a compra e posse de armas no estado.
Por exemplo, o governo deve aprovar um limite de compra de apenas uma arma ao mês. Há, também, propostas para retirar armas semiautomáticas de quem for considerado um risco à sociedade.
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