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Internacional

- Publicada em 27 de Dezembro de 2019 às 03:00

China e Turquia lideram prisões de jornalistas

A China, sob ditadura, e a Turquia, que vive uma democracia com traços autoritários, lideram a lista dos países que registram o maior número de jornalistas detidos em 2019 - 48 e 47, respectivamente. Os números são de um levantamento em 33 nações feito pelo Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), entidade global de defesa da atividade jornalística.
A China, sob ditadura, e a Turquia, que vive uma democracia com traços autoritários, lideram a lista dos países que registram o maior número de jornalistas detidos em 2019 - 48 e 47, respectivamente. Os números são de um levantamento em 33 nações feito pelo Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), entidade global de defesa da atividade jornalística.
O relatório contabilizou que havia 250 profissionais detidos em 1 de dezembro de 2019. No ano passado, eram 255 - o pico de detenções foi em 2016, com 273 casos.
Os números da China refletem a consolidação do poder de Xi Jinping, que tem restringido de forma crescente as liberdades no país desde que assumiu a liderança do Partido Comunista, em 2012. Em 2019, Pequim buscou controlar a disseminação de informações sobre os protestos em Hong Kong e o encarceramento em massa de membros da minoria muçulmana uigur, o que impulsionou a detenção de jornalistas. O número de profissionais presos pelo regime, neste ano, é o maior desde o início da série histórica do CPJ, em 1992.
No caso da Turquia, é a primeira vez desde 2015 que o país não encabeça o ranking. A partir de 2016, a quantidade de jornalistas encarcerados cai a cada ano. O dado, porém, não indica melhora na liberdade de imprensa local. Nos últimos meses, o governo de Recep Tayyip Erdogan fechou mais de 100 veículos de comunicação e denunciou vários de seus funcionários por terrorismo. Diante da eficácia das políticas de Erdogan e do crescente número de jornalistas que já deixaram o país, os meios restantes têm recorrido à prática da autocensura.
A acusação mais frequente feita pelas nações do ranking - o Brasil não figura na lista - é a de "reportagens anti-Estado", ou seja, a publicação de informações consideradas negativas ou críticas. Muitas vezes, tais acusações são feitas com base em leis que contêm termos de ampla interpretação, como "informações não patrióticas". Também são frequentes as alegações de que jornalistas divulgaram documentos sigilosos - embora normalmente se trate de informações públicas ou que não haviam sido previamente classificadas como confidenciais.
Recente relatório do grupo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) mostrou que um total de 49 jornalistas foram mortos em 2019 em todo o mundo em razão do exercício da profissão. Segundo o relatório, a América Latina se tornou um local tão "letal" quanto o Oriente Médio, com 14 mortes. Foram dez óbitos apenas no México.
 
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