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Internacional

- Publicada em 20 de Dezembro de 2019 às 12:36

Pré-candidatos democratas condenam política externa de Trump em debate

Dos 15 pré-candidatos ainda em disputa, apenas sete cumpriram os requisitos para estar no debate

Dos 15 pré-candidatos ainda em disputa, apenas sete cumpriram os requisitos para estar no debate


FREDERIC J. BROWN/AFP/JC
Um dia após a aprovação de duas acusações de impeachment contra o presidente dos EUA, Donald Trump, os pré-candidatos da oposição no pleito de 2020 tiveram mais a dizer sobre sua política externa do que sobre as falhas de conduta do mandatário. No sexto debate do Partido Democrata, na noite de quinta-feira (19), críticas aos rumos da diplomacia americana vieram de todos os concorrentes à nomeação que permitirá a um deles disputar a Presidência contra o republicano.
Um dia após a aprovação de duas acusações de impeachment contra o presidente dos EUA, Donald Trump, os pré-candidatos da oposição no pleito de 2020 tiveram mais a dizer sobre sua política externa do que sobre as falhas de conduta do mandatário. No sexto debate do Partido Democrata, na noite de quinta-feira (19), críticas aos rumos da diplomacia americana vieram de todos os concorrentes à nomeação que permitirá a um deles disputar a Presidência contra o republicano.
A senadora Elizabeth Warren afirmou que a atuação internacional de Trump é "constrangedora". A também senadora Amy Klobuchar se referiu a um vídeo gravado durante uma reunião dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no início deste mês em Londres.
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As imagens mostram o presidente da França, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros Justin Trudeau (Canadá) e Boris Johnson (Reino Unido) se divertindo com uma suposta piada sobre o americano. "A questão é que (Trump) não conseguiu tolerar aquilo. Ele é tão sensível que foi embora. Ele desistiu. Os Estados Unidos não desistem", disse ela.
As concessões feitas pelo presidente a Israel foram duramente criticadas pelo senador veterano Bernie Sanders, que não pertence ao partido mas participa da disputa pela nomeação democrata. Durante o governo Trump, os EUA reconheceram Jerusalém como a capital de Israel, assim como sua soberania sobre as colinas de Golã. Washington também passou a considerar legais os assentamentos do país na Cisjordânia. As três regiões são disputadas com os palestinos.
Sanders chamou o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, de "racista" e afirmou que, além de"pró-Israel, também precisamos ser pró-Palestina". O senador disse que, caso eleito, respeitaria o direito do país de existir "em paz e com segurança", mas que também se esforçaria para melhorar as condições dos palestinos que vivem na Faixa de Gaza, onde "80% dos jovens estão desempregados".
Sanders mencionou que morou em Israel quando era jovem. Se disputar a eleição e derrotar Trump, ele será o primeiro presidente judeu dos Estados Unidos.
"O que estamos vendo no Oriente Médio e ao redor do mundo são as consequências dos fracassos do presidente, dasua recusa a liderar", disse o prefeito de South Bend (Indiana), Pete Buttigieg. Veterano da guerra do Afeganistão, ele defendeu o não envolvimento dos EUA em "guerras intermináveis" - uma bandeira também levantada por Trump e bastante popular entre os apoiadores do republicano.
O ex-vice-presidente Joe Biden, que cumpriu dois mandatos junto a Barack Obama, ressaltou sua experiência em política externa-ele representou o país diversas vezes enquanto esteve no cargo. Ressaltando o contraste de sua plataforma com a atuação de Trump, ele declarou seu apoio à "solução de dois Estados", na qual israelenses e palestinos chegariam a um acordo sobre as fronteiras que os dividem e a Palestina se tornaria um país.
As concessões dos EUA a Israel praticamente eliminaram a possibilidade de Washington atuar como mediador do conflito, dificultando ainda mais as negociações para concretizar esses planos.
A traição aos curdos, um dos principais aliados dos EUA na guerra contra o Estado Islâmico na Síria, foi citada como exemplo das incoerências da política externa atual. "Precisamos tratar os nossos aliados melhor do que tratamos ditadores", disse Warren.
Durante os três anos de sua gestão, Trump se destacou por se aproximar do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad Bin Salman, ao mesmo tempo em que abalou as relações com aliados tradicionais, como a Austrália e o Canadá.
Dos 15 pré-candidatos ainda em disputa, apenas sete cumpriram os requisitos para estar no debate nesta quinta-feira (19), na Universidade de Loyola Marymount, em Los Angeles.
Segundo a última média de pesquisas feita pelo site RealClearPolitics, Biden mantém a liderança da corrida, com 28%, seguido por Sanders (20%) e Warren (15%).
Buttigieg encontra-se em quarto lugar com 8%. Em quinto, aparece o magnata e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, que deu início a sua campanha há menos de um mês e tem 5% das intenções de voto.
Amy Klobuchar aparece em sexto com 3,3%. O sétimo participante do debate e último do grupo nas pesquisas é Andrew Yang, um ex-executivo e empreendedor que tem 3,3% dos votos.
Folhapress
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