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Internacional

- Publicada em 17 de Dezembro de 2019 às 12:39

Argentina apresenta pacote que busca equilibrar gasto social e quadro fiscal

Ministro da Economia afirmou que uma das frentes será fazer mudanças no sistema previdenciário

Ministro da Economia afirmou que uma das frentes será fazer mudanças no sistema previdenciário


RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
Agência Estado
O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, apresentou na manhã desta terça-feira (17) um pacote de leis que segundo ele será "o primeiro passo para superar a crise" do país. A tônica das medidas, que serão enviadas hoje em projeto de lei ao Congresso, é equilibrar a proteção a setores mais vulneráveis com a responsabilidade fiscal, para "proteger setores de grande vulnerabilidade e garantir consistência macroeconômica", nas palavras da autoridade.
O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, apresentou na manhã desta terça-feira (17) um pacote de leis que segundo ele será "o primeiro passo para superar a crise" do país. A tônica das medidas, que serão enviadas hoje em projeto de lei ao Congresso, é equilibrar a proteção a setores mais vulneráveis com a responsabilidade fiscal, para "proteger setores de grande vulnerabilidade e garantir consistência macroeconômica", nas palavras da autoridade.
Guzmán admitiu que a situação atual é bastante grave. O Projeto de lei de Solidariedade Social e Reativação Produtiva, elaborado pelo governo do presidente Alberto Fernández, será detalhado apenas por escrito, disse ele. De qualquer modo, o ministro adiantou que uma das frentes será fazer mudanças no sistema previdenciário, que de acordo com Guzmán atualmente "não funciona nem protege a população". "Tem havido descalabro no sistema previdenciário nos últimos anos", criticou, referindo-se à administração do presidente anterior, Mauricio Macri.
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O ministro disse que haverá mudanças na fórmula do sistema previdenciário em até 180 dias. Além disso, adiantou que será pago um bônus de 5 mil pesos em dezembro e outro também de 5 mil pesos em janeiro para os aposentados que recebem o salário mínimo, respeitando as faixas de vencimento.
Ao mesmo tempo, Guzmán ressaltou em vários momentos a necessidade de se garantir equilíbrio fiscal. "Se não fizermos nada, os problemas fiscais se agravarão", advertiu, apontando que um aumento do gasto deve estar alinhado com a "consistência fiscal". "Não podemos permitir que o déficit cresça, não temos como financiá-lo", notou, prometendo que o novo governo não será "imprudente", mas almeja "trazer responsabilidade e tranquilidade".
Guzmán disse que alguns impostos terão de volta alíquotas que vigoravam em 2015, sem detalhá-los. Também adiantou que haverá medidas para incentivar a repatriação de capitais, como isenção de tributos para essas operações. A intenção, segundo ele, é recuperar a força do peso e também que aumente a poupança na moeda local. Para esse fim, será eliminado um imposto que hoje incide sobre as poupanças em pesos no país. Além disso, será estabelecido um imposto de 30% sobre a compra de divisas estrangeiras. Os insumos para a produção, porém, estarão isentos desse imposto extra na compra de dólares, garantiu.
O ministro disse ainda que o governo Fernández pretende, em diálogo com o setor, mudar os impostos (retenciones) que se aplicam sobre as exportações agropecuárias. Ele ressaltou que o governo entende a importância desse setor e deseja apoiá-lo.
Guzmán informou que o governo pretende em até 180 dias fazer mudanças no esquema tarifário. "Trabalharemos para recuperar a sustentabilidade da dívida, inclusive a externa", comentou. "Precisamos de políticas de dívida alinhadas com a recuperação econômica", defendeu, no momento em que a Argentina negocia um novo pacote de ajuda com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e suas condições com os detentores privados de seus bônus. "É preciso negociações sobre a dívida com boa fé sobre a capacidade do país."
Após a apresentação, uma repórter questionou Guzmán pela falta de medidas específicas para a inflação. Segundo ele, as medidas anunciadas almejam também estabilizar a inflação no país. Em sua fala, ele também defendeu a necessidade de investimentos em energia, segundo ele cruciais para garantir o crescimento econômico e o equilíbrio da economia.
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