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Internacional

- Publicada em 12 de Dezembro de 2019 às 21:49

Presidente argentino envia emissário ao Brasil para costurar encontro com Bolsonaro

Principal conversa de futuro embaixador da Argentina foi com o vice-presidente Hamilton Mourão

Principal conversa de futuro embaixador da Argentina foi com o vice-presidente Hamilton Mourão


VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Dois dias depois de assumir o governo, o novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, enviou um emissário de alto nível a Brasília para tentar costurar um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e iniciar uma aproximação entre os dois governos.
Dois dias depois de assumir o governo, o novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, enviou um emissário de alto nível a Brasília para tentar costurar um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e iniciar uma aproximação entre os dois governos.
O futuro embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, manteve uma agenda de encontros nesta quinta (12), em Brasília, com autoridades do governo Bolsonaro.
O principal deles foi com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). O argentino também conversou com o ministro Osmar Terra (MDB, Cidadania).
Na reunião com Mourão, Scioli destacou que diferenças ideológicas não podem separar Brasil e Argentina e que os dois países precisam atuar juntos em diversas instâncias internacionais. Também destacou que qualquer amargura que tenha ficado entre os dois mandatários devido à troca de provocações nos últimos meses será resolvida quando se encontrarem e conversarem olho no olho.
E, numa frase que foi vista como forte gesto de aproximação, o emissário argentino afirmou que o governo Bolsonaro deu passos importantes para superar a crise econômica brasileira.
Segundo auxiliares, quando Scioli mencionou o desejo de promover uma reunião entre Fernández e Bolsonaro, Mourão disse que talvez haja uma janela de oportunidade em janeiro.
O vice-presidente contou a Scioli que no próximo mês está pré-agendada a participação de Bolsonaro na inauguração das novas instalações da estação Comandante Ferraz, na Antártida,parcialmente destruída por um incêndio em 2012.
Mourão disse que, caso esse roteiro se confirme, o presidente brasileiro terá que decolar de Punta Arenas (Chile) ou de Ushuaia (Argentina). Se a escala for na cidade austral argentina,um encontro poderia ser promovido.
A campanha presidencial argentina e o período de transição de governo foram marcados por trocas de farpas e provocações entre Bolsonaro e Fernández. O brasileiro decidiu apenas de última hora enviar um representante - justamente Mourão - para a posse do argentino. Na viagem a Buenos Aires, o vice-presidente teve uma primeira conversa com Scioli. 
Nos últimos meses, Bolsonaro não escondeu que preferia ter visto o agora ex-presidente Mauricio Macri reeleito e afirmou por mais de uma vez que a volta do peronismo ao poder na Argentina poderia gerar uma "nova Venezuela" no continente sul-americano.
Fernández, por sua vez, defendeu durante a campanha a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, no dia de sua vitória eleitoral, posou para fotos fazendo um "L" com as mãos, símbolo do petista.
Após a campanha, porém, ambos os governos deram sinais de que pretendem trabalhar para melhorar a relação para um nível que ao menos não prejudique a extensa relação comercial entre os dois vizinhos.
Bolsonaro disse nesta quarta (11), por exemplo, estar à disposição caso Fernández queira vir ao Brasil.
Diplomatas brasileiros consideram que Scioli, ex-governador de Buenos Aires e ex-vice-presidente, é peça-chave nesse esforço de reaproximação.
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