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Internacional

- Publicada em 06 de Dezembro de 2019 às 08:57

Sindicatos franceses decidem manter greve por tempo indeterminado

Manifestantes protestam nas ruas de Paris contra a reforma da lei de pensões

Manifestantes protestam nas ruas de Paris contra a reforma da lei de pensões


ALAIN JOCARD/AFP/JC
Agência Brasil
Na França, os sindicatos decidiram prolongar a greve em protesto contra a reforma da lei de pensões. Os setores mais afetados são os da educação e dos transportes.
Na França, os sindicatos decidiram prolongar a greve em protesto contra a reforma da lei de pensões. Os setores mais afetados são os da educação e dos transportes.
Apenas uma em cada dez linhas de trem circulou pela manhã. O metrô limitou a duas linhas automáticas, sendo que as 14 restantes ficaram paradas. Nas empresas de ônibus, a adesão à paralisação chegou a 70%.
Muitas escolas voltaram a suspender as atividades. Na quinta-feira (5) em Paris, mais da metade das escolas não abriu as portas. À noite, os números da adesão variavam, com os sindicatos indicando 75%, e o Ministério da Educação, 42%.
Na manhã de sexta-feira (6), o trânsito na capital francesa ficou caótico, com filas de mais de 300 quilômetros em congestionamentos, para entrar em Paris.
A última vez que a França viveu uma greve geral como essa foi em 1995. Na época, o país ficou paralisado durante três semanas, em protesto contra o projeto de Alain Juppé de alterar o plano de reformas.
A Direção-Geral da Aviação Civil solicitou às companhias aéreas que reduzam seus voos em 20%.
A Air France anunciou o cancelamento de 30% dos voos domésticos e 10% dos de médio percurso. A companhia pretende realizar todas as ligações de longo curso.
O governo admite alterar alguns pontos da proposta, mas não vai desistir do projeto que será apresentado na próxima segunda-feira (9).
A alteração da lei das reformas foi uma promessa da campanha presidencial de Emanuel Macron. Estava inicialmente prevista para junho de 2019, mas foi repetidamente rejeitada pelo governo de Édouard Philippe.
O objetivo é criar um sistema universal que una os 42 regimes especiais que existem atualmente.
Na quinta-feira, mais de 800 mil pessoas marcharam pelo país, segundo dados do Ministério do Interior. Os maiores protestos ocorreram em Paris, Marselha, Toulouse, Bordeaux e Grenoble.
Os protestos foram marcados por incidentes, quando jovens encapuzados provocaram confrontos com a polícia em Paris.
Os confrontos começaram no meio da tarde, nas avenidas do leste da cidade. Várias lojas foram atacadas.
A polícia deteve, na Praça da República, membros do Black Block, que atearam fogo a caixotes de lixo, motos e patinetes.
"Vejo que há sempre pessoas que vêm poluir as manifestações, recorrendo à violência, muitas vezes com palavras de ordem extremamente radicais, que não querem construir nada e que querem apenas mostrar uma oposição radical, contestar o sistema e que não estão numa dinâmica de diálogo", afirmou o ministro dos Transportes, Jean Baptiste Djebbari.
Ele cumprimentou os sindicatos que, "em sua maioria, agiram de forma responsável e souberam organizar as manifestações que, em geral, foram calmas, apesar de imagens de fumo e destruição".
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