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Internacional

- Publicada em 05 de Dezembro de 2019 às 15:35

Auditoria da OEA revela manipulação dolosa nas eleições da Bolívia

Relatório de auditoria preliminar da OEA já identificava fraudes no processo eleitoral

Relatório de auditoria preliminar da OEA já identificava fraudes no processo eleitoral


EVARISTO SA/AFP/JC
Agência Brasil
A Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou o relatório final da auditoria do resultado das eleições gerais da Bolívia. O organismo afirma que houve manipulação dolosa (com intenção de cometer o crime) e graves irregularidades, fatos que impossibilitam a validação do resultado.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou o relatório final da auditoria do resultado das eleições gerais da Bolívia. O organismo afirma que houve manipulação dolosa (com intenção de cometer o crime) e graves irregularidades, fatos que impossibilitam a validação do resultado.
O pleito aconteceu no dia 20 de outubro e, após uma apuração questionável, foi anunciada a vitória do então presidente candidato à reeleição Evo Morales, em primeiro turno. A OEA realizou uma auditoria que, em um relatório preliminar, já apontava para fraudes no processo. No dia 10 de novembro, pressionado pelas Forças Armadas, Morales renunciou e pediu asilo político no México.
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"O relatório final da auditoria representa a seriedade do trabalho da organização. Foi um processo evolutivo que começou há muitos meses e em cada etapa a organização cumpriu sua tarefa com responsabilidade, afinidade com seus valores e princípios e aderência aos diferentes acordos firmados com o governo boliviano. O povo boliviano e seu governo precisavam de certeza em relação ao processo eleitoral e, para isso, solicitaram o apoio da organização. Nem eles nem o restante dos estados membros da OEA mereceram outra resposta além do trabalho excepcional e profissional da missão de auditoria refletida neste relatório", disse Luis Almagro, secretário-geral da OEA.

Documento aponta irregularidades

O documento confirmou que a manipulação dolosa das eleições aconteceu em duas etapas. Primeiro, a auditoria detectou alterações nas atas e falsificação das assinaturas dos mesários. Em segundo, constatou que, no processamento dos resultados, o fluxo de dados foi redirecionado para dois servidores ocultos e não controlados pelo Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), o que possibilitou a manipulação de dados e a substituição de atas.
Além disso, houve outras graves irregularidades, segundo a OEA, como a violabilidade das atas e a perda de materiais sensíveis. Diante desses fatos, o resultado final da auditoria apontou para a parcialidade da autoridade eleitoral (Corte Electoral Suprema), ou seja, os vogais do tribunal, que deveriam prezar pela legalidade e pela integralidade do processo, permitiram que o fluxo de informações fosse desviado para servidores externos, destruindo a confiança no processo eleitoral.
A conclusão do documento indica ainda que as manipulações e irregularidades constatadas não permitem ter a certeza sobre a suposta vantagem numérica de Morales sobre o segundo candidato mais votado, Carlos Mesa. "A partir das esmagadoras evidências encontradas, é possível dizer que houve uma série de operações maliciosas destinadas a alterar a vontade expressa nas eleições?, diz o relatório.
O texto tem 96 páginas de análise e mais de 500 de anexos, com centenas de documentos que apoiam e credenciam as conclusões do trabalho.
O documento final responde a uma solicitação do governo da Bolívia, assinada no dia 30 de outubro, para "uma análise da integridade eleitoral das eleições". O trabalho foi realizado entre 1 e 9 de novembro por uma equipe de 36 especialistas e auditores de 18 nacionalidades, incluindo advogados eleitorais, estatísticos, especialistas em informática, peritos de documentos, caligrafia e organização eleitoral.
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