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Internacional

- Publicada em 02 de Dezembro de 2019 às 03:00

Parlamento do Iraque aceita renúncia de premiê

País vive violenta onda de protestos que já deixou mais de 400 mortos

País vive violenta onda de protestos que já deixou mais de 400 mortos


HAIDAR HAMDANI/AFP/JC
O Parlamento iraquiano aceitou, após uma votação ontem, a renúncia do primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi, depois de semanas de intensas manifestações. O Parlamento vai pedir ao presidente do país que aponte um novo primeiro-ministro.
O Parlamento iraquiano aceitou, após uma votação ontem, a renúncia do primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi, depois de semanas de intensas manifestações. O Parlamento vai pedir ao presidente do país que aponte um novo primeiro-ministro.
Segundo a Constituição, o presidente Barham Ahmed Salih deve consultar o maior partido do Legislativo para formar um novo governo - o que pode levar semanas. Adel Abdul Mahdi anunciou na sexta-feira que apresentaria sua renúncia ao Parlamento do país.
A entrega do cargo do premiê aconteceu depois que o principal líder xiita do Iraque, o aiatolá Ali al-Sistani, ter pedido aos legisladores que reconsiderassem o apoio a um governo abalado por manifestações violentas. Nas últimas semanas, conflitos mataram mais de 400 pessoas, sobretudo ativistas, e representam a maior crise no Iraque dos últimos anos, desde a derrota do Estado Islâmico, em 2017. O anúncio da renúncia, porém, não arrefeceu a pressão de manifestantes, que protestam contra falta de emprego, de serviços e corrupção no governo.
Os iraquianos voltaram às ruas no sábado, bloqueando estradas em Bagdá e no Sul do país, onde uma estação de polícia foi cercada em Nassiriya e, em Diwaniya, milhares reivindicam "a queda do regime".
Forças de segurança têm usado munição real, gás lacrimogêneo e granadas contra os manifestantes. Na quinta-feira passada, aconteceu um dos episódios mais violentos dos protestos, quando forças de segurança iraquianas mataram ao menos 45 pessoas a tiros quando manifestantes invadiram e incendiaram o consulado do Irã durante a noite, na cidade de Najaf, sede do clero xiita iraquiano.
 
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