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Internacional

- Publicada em 14 de Novembro de 2019 às 03:00

Maduro culpa Brasil por invasão à embaixada

Polícia Militar agiu para restringir a entrada e a saída de pessoas

Polícia Militar agiu para restringir a entrada e a saída de pessoas


JORDI MIRO/AFP/JC
Representantes do opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela e reconhecido pelo Brasil, conseguiram, pela primeira vez, acesso à embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira, horas antes do início das atividades da 11ª Cúpula do Brics, que reúne líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder. No final da tarde, mais de 12 horas após ingressarem no prédio, um grupo deixou a embaixada sob escolta policial.
Representantes do opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela e reconhecido pelo Brasil, conseguiram, pela primeira vez, acesso à embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira, horas antes do início das atividades da 11ª Cúpula do Brics, que reúne líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder. No final da tarde, mais de 12 horas após ingressarem no prédio, um grupo deixou a embaixada sob escolta policial.
A entrada dos aliados de Guaidó gerou reação na Venezuela. O chanceler do governo Maduro, Jorge Arreaza, disse no Twitter que a embaixada foi invadida à força e responsabilizou o governo brasileiro: "Fazemos responsável o governo do Brasil pela segurança de nosso pessoal e instalações diplomáticas. Exigimos respeito à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", escreveu.
Já Freddy Menegotti, o encarregado de negócios no Brasil, afirma que a embaixada foi invadida, em uma ação calculada para coincidir com o Brics.
Segundo a equipe de Guaidó, funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local de Tomás Silva, ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil. A embaixadora María Teresa Belandria, que representa Guaidó, disse à Folha de S.Paulo que o ingresso de oposicionistas ocorreu a convite de funcionários. Ela está em viagem a Washington, nos EUA, e que só foi avisada sobre o ato ao desembarcar em território norte-americano.
De acordo com a embaixadora, um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente. É a primeira vez que eles entraram na sede, ainda controlada pelo chavista, desde que presidente Jair Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano.
Em meio ao impasse, a Polícia Militar do Distrito Federal entrou no prédio e passou a proibir a entrada e a saída de pessoas do local. Deputados do PSOL e do PT, que acompanharam a crise, afirmaram que a atitude é "ilegal" e fere os tratados diplomáticos assinados pelo Brasil.
O País é signatário de tratados diplomáticos que garantem a inviolabilidade das missões diplomáticas, de repartições consulares e representações de organismos internacionais e de seus arquivos e funcionários. Apesar de estar em Brasília, a área da embaixada é considerada território venezuelano, e nenhuma força de segurança do País pode agir no local.
Segundo María Teresa, por volta das 7h, o embaixador cubano chegou ao local acompanhado de movimentos sociais e de cidadãos brasileiros. Ela acusa a ala de Maduro de ter ferido três pessoas da embaixada. Ela afirmou que ainda propôs aos que não estejam de acordo com sua gestão que deixassem o local com a garantia de que não seriam expulsos para a Venezuela.
Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República afirmou que o presidente Jair Bolsonaro "jamais tomou conhecimento" ou incentivou a invasão da embaixada. A nota diz, ainda, que, "como sempre", "indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade".
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