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Internacional

- Publicada em 05 de Novembro de 2019 às 14:06

Oposição na Bolívia quer renúncia de presidente e fechar fronteiras

Esta terça-feira marca o 15º dia de protestos no país, que tiveram início após as eleições presidenciais

Esta terça-feira marca o 15º dia de protestos no país, que tiveram início após as eleições presidenciais


ANGELA WEISS/AFP/JC
Agência Brasil
Lideranças de oposição ao presidente Evo Morales, da Bolívia, decidiram radicalizar os protestos e paralisar o país. Liderados por Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, os opositores afirmam que fecharão serviços públicos e fronteiras para bloquear a entrada de recursos e forçar a renúncia de Morales.
Lideranças de oposição ao presidente Evo Morales, da Bolívia, decidiram radicalizar os protestos e paralisar o país. Liderados por Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, os opositores afirmam que fecharão serviços públicos e fronteiras para bloquear a entrada de recursos e forçar a renúncia de Morales.
Eles querem novas eleições e a saída do presidente. Camacho afirma ter o apoio da polícia e das Forças Armadas para sustentar a paralisação.
Líderanças de oposição e do Comitê Nacional de Defesa da Democracia (Conade) decidiram "paralisar desde à 0h de hoje (5) todas as instituições estatais e as fronteiras da Bolívia de maneira pacífica, mas firme e comprometida, com a única ressalva de deixar funcionando os aeroportos internacionais e serviços básicos essenciais e emergências médicas".
No sábado (2), Camacho afirmou que Evo Morales teria 48 horas para renunciar. O prazo do "ultimato" terminou na noite desta segunda e Camacho decidiu ir a La Paz entregar ao presidente um documento pedindo sua renúncia.
Durante a madrugada, ao desembarcar na capital boliviana, o opositor foi impedido de sair do aeroporto, pois havia manifestantes pró-Morales esperando-o. Assim, ele teve de regressar a Santa Cruz na manhã de hoje por medida de segurança.
Esta terça-feira marca o 15º dia de protestos no país. As manifestações começaram no dia 20 de outubro, após as eleições que deram a vitória em primeiro turno a Evo Morales, após uma confusa apuração, com suspeitas de fraude eleitoral.

OEA promove auditoria

Uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA) realiza, desde a quinta-feira passada (31), uma auditoria na apuração dos votos no país. A missão, que conta com 30 especialistas, tem o objetivo de verificar se houve manipulação de dados e fraude em favor do partido Movimento ao Socialismo (MAS), do atual presidente. O resultado da auditoria deve ser divulgado na próxima semana.
O chanceler boliviano Diego Pary afirmou na segunda (4) que Camacho e as lideranças de oposição estão organizando um golpe de estado. "Esta segunda-feira e amanhã serão dois dias decisivos para o meu país, são dias em que será definido se a Bolívia vai continuar na rota democrática ou do golpe de estado que promovem os setores cívicos de Santa Cruz, encabeçados por Camacho", disse Pary.
A presidente do Senado, Adriana Salvatierra, disse que Camacho "está conduzindo uma aventura de golpe" e respondeu que o pedido de demissão do presidente é irrelevante. "Como o pedido de demissão do presidente Evo Morales foi ridículo, desta vez ele [Camacho] lançou uma séria ameaça de prejudicar o país e a economia, como o fechamento de instituições e de fronteiras", finalizou Salvatierra.
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