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Internacional

- Publicada em 24 de Outubro de 2019 às 14:29

Piñera convida equipe de Bachelet para investigar denúncias no Chile

Bachelet antecedeu governo de Piñera e representa lado oposto do espectro político

Bachelet antecedeu governo de Piñera e representa lado oposto do espectro político


CLAUDIO REYES/AFP/JC
Em meio à onda de protestos violentos que assola o Chile há uma semana, o presidente Sebastián Piñera decidiu pedir ajuda a uma de suas maiores adversárias na política local - a antecessora dele no cargo, Michelle Bachelet, atual Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos. A ideia do governo é que a ex-presidente envie sua equipe para analisar denúncias de violações que teriam sido cometidas pelas forças de segurança contra os manifestantes.
Em meio à onda de protestos violentos que assola o Chile há uma semana, o presidente Sebastián Piñera decidiu pedir ajuda a uma de suas maiores adversárias na política local - a antecessora dele no cargo, Michelle Bachelet, atual Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos. A ideia do governo é que a ex-presidente envie sua equipe para analisar denúncias de violações que teriam sido cometidas pelas forças de segurança contra os manifestantes.
O anúncio do pedido foi feito pelo ministro de Relações Exteriores do Chile, Teodoro Ribera, nesta quinta (24), no mesmo momento em que Piñera estava reunido no palácio de La Moneda com aliados da ex-mandatária. O chanceler afirmou ainda que os observadores da ONU devem verificar in loco como o estado de emergência declarado pelo presidente no último sábado (19) está sendo aplicado.
Pouco depois, o governo confirmou que Piñera conversou por telefone com Bachelet para fazer um convite oficial. Além dela, também foi convidado o diretor para as Américas da ONG Human Rights Watch, o chileno José Miguel Vivanco.
"A nós interessa a máxima transparência e que sejam feitas todas as salvaguardas necessárias", afirmou Ribera, segundo o jornal chileno La Tercera.
Bachelet comandou o Chile por duas vezes (de 2006 a 2010 e de 2014 a 2018), sendo sucedida por Piñera em ambas-a reeleição direta é proibida no país. Os dois representam lados opostos do espectro político: ela é uma liderança histórica da aliança de centro-esquerda Nova Maioria (antiga Concertação), enquanto ele comanda a coalizão de centro-direita Chile Vamos.
Ao deixar a Presidência chilena, Bachelet assumiu seu atual cargo na ONU, no qual é responsável por analisar denúncias de violações de direitos humanos em todo o globo.
Ao menos 18 pessoas morreram desde que os protestos ganharam força na última sexta (18). Além disso, 2.410 pessoas foram detidas - incluindo 200 menores de 18 anos-de acordo com os dados do Instituto Nacional de Direitos Humanos, órgão responsável por monitorar o assunto no país.
Folhapress
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