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Internacional

- Publicada em 17 de Outubro de 2019 às 03:00

Minoria árabe se une contra insegurança em Israel

O sentimento de insegurança tem levado à mais abrangente onda de greves e protestos entre a minoria árabe de Israel em pelo menos uma década. Há cerca de um mês, há manifestações diárias em cidades de maioria árabe, organizadas por mulheres, estudantes e líderes comunitários.
O sentimento de insegurança tem levado à mais abrangente onda de greves e protestos entre a minoria árabe de Israel em pelo menos uma década. Há cerca de um mês, há manifestações diárias em cidades de maioria árabe, organizadas por mulheres, estudantes e líderes comunitários.
Em uma dessas manifestações, na cidade de Majd Al-Krum, 20 mil pessoas foram às ruas para reclamar da ineficiência da polícia em combater a criminalidade em regiões árabes. A principal demanda é para que a polícia investigue os crimes com mais afinco e, acima de tudo, realize operações para confiscar as estimadas 500 mil armas de fogo nas cerca de 120 cidades de maioria árabe em Israel, onde pouco mais de 50% dos 1,9 milhão de árabes-israelenses vive.
De janeiro a setembro deste ano, 73 cidadãos árabes foram mortos com armas de fogo nessas cidades, número superior a todo o ano de 2018. Segundo dados oficiais, no ano passado, houve 123 assassinatos a tiros em Israel, 72 deles em comunidades árabes.
A maior incidência de criminalidade em localidades árabes não é um fenômeno recente. Dados de 2010 a 2018 do Centro Nacional de Estatística mostram que, entre os judeus israelenses - 74% da população -, foram registrados 45 casos de violência a cada 100 mil pessoas. Já entre a minoria árabe, o número é de 70 a cada 100 mil. Segundo números do Canal 12 de televisão, 93% dos tiroteios em Israel são cometidos por árabes, além de 64% dos assassinatos, 56% das vendas e posse de armas ilegais e 47% dos roubos.
Os manifestantes acusam a polícia de discriminação. "Se esses incidentes ocorressem em uma área judaica ou no contexto do conflito com palestinos, em poucas horas, a polícia encontraria os responsáveis. Mas, quando é algo relacionado aos árabes, a polícia não reage", afirma o parlamentar Yousef Jabareen, da Lista Árabe Unida.
Para o ex-parlamentar Esawi Freige, do partido esquerdista Meretz, a inércia policial se dá porque os problemas "não penetram na consciência do público judeu".
A polícia rejeita as críticas. De acordo com Micky Rosenfeld, porta-voz das forças de segurança, os agentes apreenderam mais de 3,5 mil armas, granadas e artefatos explosivos neste ano, além de terem detido mais de 2,5 mil suspeitos por posse de armas ilegais. Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu "alocar forças adicionais e aumentar a fiscalização na luta contra a violência".
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