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Internacional

- Publicada em 09 de Outubro de 2019 às 03:00

Manifestantes invadem Assembleia do Equador

Cortes no subsídio aos combustíveis levaram a protestos

Cortes no subsídio aos combustíveis levaram a protestos


RODRIGO BUENDIA/AFP/JC
Manifestantes ligados à Conferência Nacional Indígena do Equador invadiram ontem o prédio da Assembleia Nacional em Quito, horas depois de o presidente Lenín Moreno transferir a capital para Guaiaquil, na costa do país. Os indígenas, uma das principais forças políticas do Equador, tomaram o edifício aos gritos de "Fora, Moreno!" Pouco depois, foram retirados do prédio. Houve disparo de bombas de gás lacrimogêneo.
Manifestantes ligados à Conferência Nacional Indígena do Equador invadiram ontem o prédio da Assembleia Nacional em Quito, horas depois de o presidente Lenín Moreno transferir a capital para Guaiaquil, na costa do país. Os indígenas, uma das principais forças políticas do Equador, tomaram o edifício aos gritos de "Fora, Moreno!" Pouco depois, foram retirados do prédio. Houve disparo de bombas de gás lacrimogêneo.
Para hoje está prevista a realização de um dos maiores protestos desde que Moreno anunciou, no dia 2 de outubro, a retirada dos subsídios dos combustíveis e a consequente elevação dos preços. Ontem, mais de 10 mil pessoas estavam concentradas em Quito à espera do ato.
Também ontem, sete países latino-americanos - Argentina, Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Peru e Paraguai - anunciaram seu "firme apoio" a Moreno, e rejeitaram "toda ação" do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seus aliados para desestabilizar o Equador.
Na segunda-feira, Moreno acusou Maduro e o ex-presidente equatoriano Rafael Correa, seu ex-padrinho político, de estarem por trás de um "plano de desestabilização" para tirá-lo do poder. Em um pronunciamento em rede nacional, Moreno afirmou que as manifestações não foram provocadas por uma insatisfação geral. "Os saques, o vandalismo e a violência demonstram que há a intenção política organizada de romper a ordem democrática", disse.
Diante desse cenário, o presidente equatoriano se viu obrigado a transferir a sede de seu governo de Quito para Guaiaquil.
Os protestos começaram no dia 3 de outubro, depois do anúncio do corte de subsídios para combustíveis - em vigor há quatro décadas - como parte de uma reforma econômica prevista em acordo de empréstimo de US$ 4,2 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo também está cortando vagas de servidores e planejando privatizações. Moreno diz que os subsídios aos combustíveis distorceram a economia e já custaram US$ 60 bilhões aos cofres do país.
Grupos indígenas e outros manifestantes fizeram barricadas em estradas com pneus, pedras e galhos queimados, enquanto a polícia usou veículos blindados e bombas de gás lacrimogêneo. Desde 1997, protestos populares já causaram a renúncia de três governantes do Equador.
 
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