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Internacional

- Publicada em 01 de Outubro de 2019 às 03:00

Boris Johnson ameaça ignorar lei e sair da UE sem acordo

Primeiro-ministro prometeu concretizar a saída da UE a qualquer custo em 31 de outubro

Primeiro-ministro prometeu concretizar a saída da UE a qualquer custo em 31 de outubro


BEN STANSALL/AFP/JC
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ameaçou no domingo ignorar a lei e se retirar da União Europeia (UE) mesmo sem um acordo comercial. No início do mês, os deputados aprovaram um projeto que obriga o premiê a pedir um adiamento do Brexit, marcado para o dia 31 de outubro. Se não cumprir, Johnson poderia ser enquadrado em desacato ao Parlamento e, inclusive, ser preso.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ameaçou no domingo ignorar a lei e se retirar da União Europeia (UE) mesmo sem um acordo comercial. No início do mês, os deputados aprovaram um projeto que obriga o premiê a pedir um adiamento do Brexit, marcado para o dia 31 de outubro. Se não cumprir, Johnson poderia ser enquadrado em desacato ao Parlamento e, inclusive, ser preso.
Em entrevista ao programa The Andrew Marr Show, da BBC, Johnson foi questionado se era possível deixar a UE sem um acordo no dia 31 de outubro. "É claro que sim", respondeu. Advogados vêm alertando, desde o início de setembro, que a única saída do premiê para driblar a lei é a renúncia - o que ele rejeita.
Entre assessores mais próximos e defensores radicais de um Brexit sem acordo, existe uma discussão se valeria ou não a pena Johnson assumir uma pena leve de prisão por desacato para se tornar uma espécie de "mártir" do movimento.
No domingo, ele voltou a prometer um Brexit a qualquer custo em 31 de outubro. Ele deu a declaração antes do início da conferência anual do Partido Conservador, em Manchester. Durante a reunião, garantiu que não deixará o cargo, mesmo que não consiga um acordo para tirar o Reino Unido da União Europeia. "Não vou renunciar. Eu me comprometi a liderar o partido e meu país em um momento difícil e vou continuar fazendo isso. Acredito que é minha responsabilidade."
Johnson, que conta com apoio da maior parte da base do Partido Conservador, chegou ao poder em julho com a promessa de concluir o processo do Brexit - decidido por 52% dos britânicos no plebiscito de 2016 - mesmo sem um acordo comercial com a UE e ainda que o Parlamento o proíba.
Uma pesquisa publicada pelo jornal Observer mostrou que o Partido Conservador lidera com folga as intenções de voto, mesmo diante de tanta turbulência. Johnson obteria hoje 36% dos votos - um ponto porcentual a menos do que ele tinha na semana passada.
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