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Internacional

- Publicada em 27 de Setembro de 2019 às 03:00

Casa Branca teria tentado ocultar diálogo com Zelenski

Íntegra da transcrição indica que funcionários do governo queriam abafar o caso

Íntegra da transcrição indica que funcionários do governo queriam abafar o caso


EVA HAMBACH/AFP/JC
A íntegra do texto que pode levar ao impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi divulgada nesta quinta-feira pela Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes, depois de revelações sobre os contatos do mandatário e sua equipe com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O secretário de Justiça e procurador-geral dos EUA, William Barr, e o advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, foram peças centrais no esforço de "abafar" o caso, segundo a denúncia.
A íntegra do texto que pode levar ao impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi divulgada nesta quinta-feira pela Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes, depois de revelações sobre os contatos do mandatário e sua equipe com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O secretário de Justiça e procurador-geral dos EUA, William Barr, e o advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, foram peças centrais no esforço de "abafar" o caso, segundo a denúncia.
O processo foi aberto após o republicano ter pressionado Zelensky, por telefone, a investigar supostos negócios irregulares do ex-vice-presidente Joe Biden e um de seus filhos, Hunter. Trump afirma não ter cometido nenhuma irregularidade, mas a oposição o acusa de usar o cargo para tentar prejudicar Biden, potencial candidato do Partido Democrata na corrida presidencial de 2020.
O texto diz que um denunciante, não identificado, obteve informações de várias fontes de governo indicando que "autoridades da Casa Branca intervieram para 'bloquear' todos os registros da ligação (entre Trump e Zelensky), principalmente a transcrição oficial palavra por palavra da chamada que foi produzida, como é habitual, pela Sala de Situação da Casa Branca". A denúncia levou em consideração relatos de várias autoridades que ficaram "profundamente perturbadas" com o que ouviram na ligação.
O denunciante também afirmou que várias autoridades relataram que um contato subsequente entre Trump e Zelensky dependeria de o presidente ucraniano estar disposto a "fazer sua parte" na investigação. O ex-procurador-geral da Ucrânia Yuri Lutsenko disse, nesta quinta-feira, que Hunter não violou nenhuma lei quando participou da diretoria da empresa de gás natural Burisma.
A Casa Branca prometeu resistir à pressão dos democratas depois que foram divulgados os detalhes da denúncia contra Trump. "Nada mudou com a publicação desse relatório, que nada mais é que uma compilação de relatos de terceiros de eventos e recortes de imprensa improvisados", disse a porta-voz Stephanie Grisham. "A Casa Branca continuará resistindo à histeria e às falsas narrativas que os democratas e muitos dos principais meios de comunicação propagam", completou.
A versão não confidencial da denúncia - ainda que com trechos omitidos - veio a público pouco antes da audiência na Comissão de Inteligência da Câmara do diretor interino de Inteligência Nacional, Joseph Maguire. O próprio gabinete de Maguire forneceu aos legisladores essa versão da denúncia para que o texto pudesse ser discutido.
Embora a transcrição reconstruída da ligação tenha sido divulgada na quarta-feira, a queixa, em sua quase totalidade, contém mais detalhes, incluindo informações sobre funcionários da Casa Branca que podem ter testemunhado a má conduta do presidente e outras ações. Deputados democratas alegam que Trump violou seu juramento presidencial ao pressionar um líder estrangeiro a investigar um de seus rivais políticos, o que levou a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a abrir o processo de pedido de impeachment.
Inicialmente, a Casa Branca recusou-se a fornecer ao Congresso a denúncia ou a revelar o que foi dito na chamada. Depois que os democratas deram os primeiros passos para o impeachment, o governo divulgou detalhes da ligação e compartilhou uma versão da queixa com parlamentares.
Nesta quinta-feira, Trump voltou a falar sobre o caso em sua conta no Twitter. "Os democratas estão tentando destruir o Partido Republicano e tudo o que ele representa. Fiquem juntos, façam sua parte e lutem duramente, republicanos. Nosso país está em jogo!", escreveu.
 
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