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Internacional

- Publicada em 17 de Setembro de 2019 às 03:00

Houthis ameaçam Arábia Saudita de mais ataques

A escalada de tensão no Oriente Médio teve novos capítulos ontem. O Irã anunciou ter interceptado um navio suspeito de contrabandear combustível e deteve os 11 membros de sua tripulação, segundo a TV estatal do país.
A escalada de tensão no Oriente Médio teve novos capítulos ontem. O Irã anunciou ter interceptado um navio suspeito de contrabandear combustível e deteve os 11 membros de sua tripulação, segundo a TV estatal do país.
A embarcação levava 250 mil litros de combustível e foi capturada perto do Estreito de Ormuz, importante rota de transporte de petróleo. "Este navio ia de Bandar Lengeh para os Emirados Árabes Unidos", disse o brigadeiro-general Ali Ozmayi. Nos últimos meses, o Irã anunciou a interceptação de ao menos quatro navios estrangeiros, também pela acusação de que estariam contrabandeando petróleo.
A tensão no Oriente Médio aumentou muito neste ano, depois que os Estados Unidos impuseram fortes sanções contra o Irã, na expectativa de forçar o país a aceitar um acordo que restrinja ainda mais o uso de tecnologia nuclear.
Também ontem, os rebeldes houthis, com base no Iêmen, ameaçaram fazer novos ataques contra instalações petrolíferas da Arábia Saudita. No sábado, um atentado com drones, reivindicado pelos houthis, comprometeu 50% da produção de petróleo do país. "Nós garantimos ao regime saudita que a nossa longa mão pode atingir qualquer lugar que queremos, e em qualquer momento", disse Yahya Sare, porta-voz dos houthis, à TV al-Masirah. Os ataques de sábado foram feitos com drones modificados com motores a jato.
No Iêmen, há uma guerra civil em andamento. O governo, que perdeu o controle de várias partes do território, é apoiado pela Arábia Saudita, e os rebeldes, segundo os Estados Unidos, recebem ajuda do Irã. Os norte-americanos acusaram Teerã de estar por trás do ataque de sábado. O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que não há provas de que o ataque tenha procedido do Iêmen, e que o país "terá de prestar contas de sua agressão".
"Lembrem quando o Irã abateu um drone, dizendo que ele estava em seu 'espaço aéreo' quando, na verdade, não estava nem perto. Eles se apegaram fortemente a essa história sabendo que era uma grande mentira. Agora eles dizem que não tem nada a ver com o ataque na Arábia Saudita. Vamos ver?", publicou Trump no Twitter.
Porta-voz militar da Arábia Saudita, o coronel Turki al-Malki corroborou a afirmação dos EUA. Segundo ele, as evidências mostram que armas do Irã foram usadas para o atentado. Al-Malki também afirmou que os ataques não foram lançados a partir do Iêmen, como reivindicado pelos rebeldes iemenitas. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Abbas Mussavi, afirmou que estas acusações são insensatas e incompreensíveis e que só buscam justificar futuras ações contra o Irã.
Com o ataque dos rebeldes houthis, o petróleo registrou alta de quase 20% na abertura dos mercados ontem. Apesar de já terem atacado a infraestrutura saudita em múltiplas ocasiões, esta foi a vez em que causaram maior dano: houve redução da produção de 5,7 milhões de barris por dia, cerca de 6% do abastecimento mundial.
 
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