Cerimônias e homenagens marcaram ontem os 18 anos do maior ataque terrorista já sofrido pelos Estados Unidos. Em frente à Casa Branca, em Washington, o presidente norte-americano, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, participam de momento de silêncio em memória às vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Na ocasião, 19 terroristas da rede Al-Qaeda, comandada por Osama bin Laden, lançaram dois aviões contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, e um sobre o Pentágono, sede do Departamento da Defesa dos Estados Unidos, no estado da Virgínia. O evento mudou os rumos da história, lançando os EUA em uma guerra contra o terror que dura até hoje.
Durante a cerimônia em Washington, Trump afirmou que será dada continuidade aos ataques contra o Talibã no Afeganistão e prometeu intensificá-los. A declaração foi feita cinco dias após o republicano interromper as negociações de paz com o grupo e trazer a público a intenção de um encontro secreto com alguns de seus membros.
No Marco Zero, local onde ficavam as torres gêmeas e foi construído um memorial em Nova Iorque, parentes das vítimas, policiais, bombeiros e políticos ficaram em silêncio nos horários exatos em que os aviões de passageiros atingiram os prédios. A primeira aeronave, um Boeing 767 da American Airlines com 92 pessoas a bordo, incluindo cinco terroristas, atingiu a torre norte às 8h46min. Às 9h03min, um segundo Boeing 767 da United Airlines, com 65 passageiros e cinco sequestradores, foi jogado contra a torre sul, em um ataque transmitido ao vivo por várias emissoras de televisão. A torre sul caiu às 10h05min. A norte desabou às 10h28min.
Pouco depois, às 9h38min, outro Boeing 767 da American Airlines, que transportava 64 passageiros, incluindo cinco terroristas, se chocou contra a face Oeste do Pentágono.
As consequências do atentado não são apenas geopolíticas. Além dos cerca 3 mil mortos e mais de 6 mil feridos, milhares de pessoas desenvolveram câncer e outros males graves, sobretudo de pulmão, ligados à nuvem tóxica que planou durante semanas sobre o Sul da Ilha de Manhattan.
Os responsáveis pela tragédia ainda não foram julgados. O julgamento dos cinco homens acusados de planejar os ataques, incluindo o autoproclamado mentor do atentado, Khalid Sheikh Mohammed, está marcado somente para janeiro de 2021 na base militar norte-americana de Guantánamo, em Cuba, ano em que os ataques completarão 20 anos.