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Meio Ambiente

- Publicada em 03 de Setembro de 2019 às 03:00

Uruguai vai restaurar florestas com árvores nativas

Áreas dedicadas à agropecuária, que chegam a ocupar 93% do território do país, acabam por gerar deterioração ambiental

Áreas dedicadas à agropecuária, que chegam a ocupar 93% do território do país, acabam por gerar deterioração ambiental


PABLO PORCIUNCULA BRUNE/AFP/JC
O Uruguai começa, amanhã, a plantar árvores nativas para restaurar florestas. A iniciativa, chamada Plantatón, faz parte da Agenda 2030 e tem o objetivo de promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, combater a desertificação, reverter a degradação de terras e refrear a perda da diversidade biológica. A primeira ação será o plantio de mais de 500 árvores nativas, no município de Artigas, no Norte do país.
O Uruguai começa, amanhã, a plantar árvores nativas para restaurar florestas. A iniciativa, chamada Plantatón, faz parte da Agenda 2030 e tem o objetivo de promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, combater a desertificação, reverter a degradação de terras e refrear a perda da diversidade biológica. A primeira ação será o plantio de mais de 500 árvores nativas, no município de Artigas, no Norte do país.
Idealizado pela Rede Uruguaia de ONGs Ambientais com o apoio do Ministério da Habitação, Planejamento Territorial e Meio Ambiente e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Plantatón faz referência a experiências homônimas realizadas em países como El Salvador e Colômbia. O plantio envolve uma articulação com governo e a sociedade civil, com convocatórias feitas em escolas, associações de aposentados, Exército, empresas privadas e públicas. A ideia é estender a experiência para outros pontos do país.
Stefan Liller, representante do Pnud no Uruguai, disse que a iniciativa foi implementada com sucesso em outros países e, em El Salvador, por exemplo, já foram "plantados cerca de 17 milhões de árvores que permitiram recuperar grandes extensões, prevenir inundações e reverter a degradação de bosques". Além de recuperar os bosques, que cobrem aproximadamente 5,2% da superfície do Uruguai, o plantio contribuirá com a recuperação da diversidade biológica de espécies nativas e da qualidade da água.
Em 2005, o Uruguai criou o Sistema Nacional de Áreas Protegidas (Snap). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são 16 áreas (311.101 hectares), incluindo terrestres e marinhas, que atingem apenas 0,98% do território.
O modelo econômico uruguaio é baseado no uso intensivo de recursos naturais, com um setor agrícola que gera 78% das exportações. Em 2017, os principais produtos agroindustriais de exportação foram carne bovina (21%), celulose (19%), soja (17%), laticínios (8%) e arroz (6%), de acordo com informações da Uruguai 21, agência de promoção de exportações e investimentos.
As áreas dedicadas à agropecuária, que chegam a ocupar 93% do território do país, de acordo com dados do Pnud, acabam por gerar deterioração ambiental, erosão do solo, perda de ecossistemas e poluição das águas pelo uso de produtos químicos.

País criou Sistema Nacional de Áreas Protegidas

Em 2005, Uruguai criou o Sistema Nacional de Áreas Protegidas (Snap). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são 16 áreas (311.101 hectares), incluindo terrestres e marinhas, que atingem apenas 0,98% do território.
O modelo econômico uruguaio é baseado no uso intensivo de recursos naturais, com um setor agrícola que gera 78% das exportações. Em 2017, os principais produtos agroindustriais de exportação foram carne bovina (21%), celulose (19%), soja (17%), laticínios (8%) e arroz (6%), de acordo com informações da Uruguai 21, agência de promoção de exportações e investimentos.
As áreas dedicadas à agropecuária, que chegam a ocupar 93% do território do país, de acordo com dados do Pnud, acabam por gerar deterioração ambiental, erosão do solo, perda de ecossistemas e poluição das águas pelo uso de produtos químicos.