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Internacional

- Publicada em 22 de Agosto de 2019 às 03:00

Maduro confirma estar em tratativas com os EUA

Presidente espera que Trump escute a Venezuela de verdade

Presidente espera que Trump escute a Venezuela de verdade


MARCELO GARCIA/VENEZUELAN PRESIDENCY/AFP/JC
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, admitiu a existência de contatos entre membros de seu governo e altos funcionários de Washington, confirmando declarações dadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O norte-americano havia dito que seu governo mantém contato com "vários representantes da Venezuela", mas se recusou a confirmar se a Casa Branca estaria conversando com Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Constituinte e considerado o político mais poderoso do país depois de Maduro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, admitiu a existência de contatos entre membros de seu governo e altos funcionários de Washington, confirmando declarações dadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O norte-americano havia dito que seu governo mantém contato com "vários representantes da Venezuela", mas se recusou a confirmar se a Casa Branca estaria conversando com Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Constituinte e considerado o político mais poderoso do país depois de Maduro.

"Confirmo que, há meses, existem contatos de altos funcionários do governo dos EUA, de Donald Trump, e do governo bolivariano que presido, sob minha autorização expressa, direta, vários contatos, vários meios, para tentar regular esse conflito", declarou Maduro em discurso em rede nacional. "Isso não é novo, há meses mantemos contatos", afirmou, acrescentando que busca "uma forma para que o presidente Donald Trump escute a Venezuela de verdade".

Maduro acusou funcionários da Casa Branca de transmitirem uma imagem distorcida de seu país a Trump. "A ele, vendem uma Venezuela de mentira e, com base nisso, conspiram, ameaçam, agridem, sancionam", afirmou, para justificar os contatos até então secretos entre os dois governos. "Se um dia o presidente Trump quiser conversar seriamente e traçar um plano para regularizar e resolver esse conflito, estaremos sempre preparados para dialogar", completou.

Oficialmente, os EUA não reconhecem o governo de Maduro, alvo de pesadas sanções econômicas impostas por Washington, e apoiam o autoproclamado presidente interino e líder da oposição, Juan Guaidó. Os dois chefes de Estado, porém, não fizeram menção ao opositor, cujo governo interino é reconhecido por mais de 50 países.

Representantes de Guaidó e Maduro vinham mantendo diálogos mediados pela Noruega desde maio, mas o governo suspendeu as conversações no dia 7 de agosto, em protesto à imposição de novas sanções norte-americanas. As medidas mais recentes adotadas por

Washington incluem um bloqueio de todos os ativos venezuelanos nos EUA e estabelecem sanções para qualquer empresa que realize negócios com o governo de Maduro. A isso se soma um embargo ao comércio de petróleo, vigente desde abril.

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