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Internacional

- Publicada em 15 de Agosto de 2019 às 03:00

Macri quer conquistar voto de jovens e idosos para vencer eleição argentina

No dia seguinte às primárias, Macri já recebeu estudantes na Casa Rosada

No dia seguinte às primárias, Macri já recebeu estudantes na Casa Rosada


JUAN MABROMATA/AFP/JC
Na Casa Rosada, os estrategistas da campanha de Mauricio Macri iniciaram uma corrida quase impossível em busca dos 15 pontos percentuais que distanciam o atual mandatário de seu rival na disputa pela presidência, o kirchnerista Alberto Fernández, vencedor das primárias realizadas no domingo passado. Segundo reportagem da Agência Folhapress, um dos investimentos mais fortes dessa fase da campanha será o de atrair eleitores que não participaram das primárias, ampliando a base total de votantes. Nas chamadas "paso" (primárias abertas, simultâneas e obrigatórias), o comparecimento foi de 75%.
Na Casa Rosada, os estrategistas da campanha de Mauricio Macri iniciaram uma corrida quase impossível em busca dos 15 pontos percentuais que distanciam o atual mandatário de seu rival na disputa pela presidência, o kirchnerista Alberto Fernández, vencedor das primárias realizadas no domingo passado. Segundo reportagem da Agência Folhapress, um dos investimentos mais fortes dessa fase da campanha será o de atrair eleitores que não participaram das primárias, ampliando a base total de votantes. Nas chamadas "paso" (primárias abertas, simultâneas e obrigatórias), o comparecimento foi de 75%.
Em geral, a diferença entre as primárias e o primeiro turno é de cinco pontos percentuais de votantes a mais, ou seja, espera-se que 80% do eleitorado participe do pleito em outubro. Na Argentina, o voto é obrigatório, mas não há multa para quem se abstém - é preciso apenas justificar a ausência, e os prazos para esse processo são elásticos.
Os macristas querem ampliar essa porcentagem para 85%, acrescendo outros 4 milhões ao total de eleitores. Esses, somados aos possíveis apoiadores do terceiro colocado nas primárias, Roberto Lavagna, mais os de dois candidatos nanicos de direita, José Luis Espert e Juan José Gomez Centurión, poderiam formar esses 15 pontos desejados.
A primeira parte, ampliar a base eleitoral em dez pontos percentuais, é a mais difícil. Mas o presidente já começou a investir na estratégia logo na segunda-feira, recebendo alunos de uma escola de Rosário na Casa Rosada. "Já votaram? Quem tem mais de 16 anos?", perguntou Macri. "Precisam votar, precisamos de mais gente votando", disse aos garotos.
Na Argentina, o voto é optativo para eleitores com idades entre 16 e 18 anos e com mais de 70. Segundo institutos de pesquisa, os optativos representam uma fatia considerável dos que não participam das primárias, mas sim do primeiro turno. Assim, parte da campanha do governo agora será voltada a adolescentes e idosos.
Enquanto Macri apostará nesses dois grupos, seu rival, Alberto Fernandéz, deve investir na imagem de moderado. Ainda que tenha respondido às declarações de Jair Bolsonaro chamando-o de "racista e misógino" em um programa de TV na noite de segunda-feira, voltou a criticar Nicolás Maduro.
Nesse ponto, Fernández difere de sua candidata a vice, Cristina Kirchner, que tem relação próxima com o venezuelano. Fernández disse que Maduro "é um líder autoritário, cujo regime é impossível de defender". "É preciso recompor a institucionalidade na Venezuela, e com Maduro não é possível."
Também declarou que o relatório elaborado pela alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, expõe o que é, para ele, o mais grave na Venezuela: "As execuções extrajudiciais". Fernández, porém, deixou claro que não defende uma solução que "envolva conflito". "Encher a Venezuela de militares norte-americanos não vai resolver o problema."
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